Sergio Goycochea, titular da Argentina na Copa de 1990 e goleiro do Inter em 1995, está no Rio de Janeiro para acompanhar Brasil x Argentina, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo. Hoje apresentador da TV Pública da Argentina, ele estará trabalhando no Maracanã.
Na véspera do confronto, ele atendeu a GZH. O ex-goleiro rechaçou o favoritismo da Argentina, campeã do mundo em 2022 e líder das Eliminatórias, contra o Brasil, que vem de três jogos sem vitória e está apenas em 5º lugar. Para isso, Goycochea lembrou de uma frase de Carlos Bilardo, histórico técnico argentino, campeão do mundo em 1986 e que o treinou na Copa de 1990:
— O Carlos Bilardo sempre falava que preferia jogar contra qualquer seleção jogando muito bem do que enfrentar o Brasil jogando mal. E para o Brasil é o mesmo. É melhor jogar contra a melhor seleção do momento do que enfrentar a Argentina mal. É um jogo a parte. O momento não é o mais importante e não vai determinar quem vai vencer. Será um grande jogo, oito títulos de Copa do Mundo em jogo. O momento do Brasil é estranho, e acho que também tem um sentimento de revanche pelo título da Copa América da Argentina no Maracanã em 2021 — falou Goycochea.
O grande momento da carreira de Goycochea foi na Copa de 1990, quando defendeu pênaltis nas quartas de final e semifinal do Mundial, sendo decisivo na campanha do vice-campeonato mundial. Foi campeão da Copa América em 1991 e 1993, e fechou seu ciclo na seleção ficando na reserva na Copa de 1994. No ano seguinte, jogou no Inter. Justamente por isso, acompanha com frequência os jogos da equipe. E lamentou a eliminação na Libertadores:
— Estava torcendo pelo Inter, foi uma lástima. Merecia ter passado para a final. O Inter poderia ter vencido os dois jogos contra o Fluminense. No Maracanã, poderia ter liquidado o confronto. No Beira-Rio, o Fluminense mudou o jogo em cinco minutos. E acho que se o Inter tivesse passado, seria campeão. Mas é assim o futebol.