A Seleção Brasileira continua sem um técnico definido e pode ser assim até 2024. De acordo com o jornal Marca, da Espanha, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, estaria disposto a esperar o fim do contrato de Carlo Ancelotti com o Real Madrid, apenas em junho do próximo ano, para contar com ele a partir próxima edição da Copa América, em junho.
Dias após a eliminação da equipe na Liga dos Campeões para o Manchester City, o treinador se reuniu com Florentino Pérez, presidente do clube, para discutir sobre seu futuro por lá. Ele recebeu o aval da diretoria e disse que pretende ir até encerrar seu vínculo, o que frustrou o desejo do Brasil de tê-lo o quanto antes.
À época, ao ser questionado sobre seu futuro, Ancelotti revelou o encontro com os executivos do Real Madrid e o respaldo para sua continuidade.
— Me encontrei com Florentino Pérez e ele segue me apoiando e confiando em mim. O clube me garantiu que continuarei, o mundo inteiro sabe que tenho contrato aqui e eu quero continuar — disse o treinador em entrevista coletiva.
Apesar de não ter sido campeão continental e nem do Campeonato Espanhol, ele não acha que tenha sido uma temporada ruim do clube, que ainda rendeu frutos.
— Poderia ter sido melhor, mas foi boa. É claro que não estamos satisfeitos com a campanha no Espanhol, mas lutamos até o fim nas outras competições e vencemos três delas (Mundial de Clubes, Copa do Rei e Supercopa da Europa — ressaltou.
Caso a CBF resolva descartar Ancelotti pela pressão de ter que decidir um nome com mais rapidez, os olhos se voltam para outros técnicos. Dos estrangeiros, já foram especulados Luis Enrique, ex-Barcelona e seleção espanhola, Zinedine Zidane, ex-Real Madrid, Abel Ferreira, do Palmeiras, e Jorge Jesus, ex-Flamengo e em fim de contrato no Fenerbahçe, da Turquia.
O longo tempo sem um comandante não é comum na Seleção Brasileira. Desde que Tite confirmou sua saída em 17 de janeiro, são mais de quatro meses inteiros sem um substituto. A última vez que demorou tanto foi logo após a conquista do penta, em 2002. Naquele ano, Luiz Felipe Scolari anunciou em 9 de agosto que estava deixando o cargo, enquanto seu sucessor, Carlos Alberto Parreira, só assumiu o time cinco meses depois, em 8 de janeiro de 2003. Se confirmada a espera por Ancelotti, o "recorde" será batido com folga.