Em 2023, a meta é fazer com que o futebol feminino siga crescendo dentro do Juventude. Para isso, o primeiro desafio estará no Brasileirão sub-20, que se inicia na próxima quarta-feira (15), às 17h, diante da Ferroviária. A partida de abertura será na Fonte Luminosa, em Araraquara.
Após uma temporada em que conquistaram a primeira vitória no âmbito nacional — o 1 a 0 sobre o Avaí Kindermann, pela quarta rodada do Brasileirão Feminino sub-20 —, o objetivo volta a ser em construir bons jogos.
— Estamos bem otimistas em fazer bons jogos. A classificação é uma coisa que não pensamos. Pensamos em fazer bons jogos, pontuar e representar bem as cores do Juventude, mostrando o crescimento que tivemos nesse período — exalta o técnico Luciano Brandalise, em entrevista a GZH.
Pela frente, as Esmeraldas terão um grande desafio pela frente. No Grupo A, ao lado de Grêmio, Inter, Atlético-MG e Coritiba, elas enfrentarão as equipes da Chave B, que conta com São Paulo, Santos, Ferroviária, Corinthians e América-MG.
— Nós reforçamos bem o time, mas não esperávamos essa fórmula e enfrentar esses times de ponta do futebol paulista. Vamos pegar o vice-campeão brasileiro e vice-campeão paulista (São Paulo), o campeão paulista (Ferroviária), o América-MG também, que é forte. Então, não esperávamos isso, mas estamos trabalhando forte. As meninas novas assimilaram bem o nosso modelo de jogo e o nosso estilo de montar as equipes — explica o treinador.
Para a temporada, o Juventude contratou 12 reforços. E, entre essas meninas, estão nove com idade para disputar o Brasileirão sub-20: as zagueiras Ale Marques e Alice, as goleiras Caroline e Claudia e as atacantes Aninha, Vanice, Maria Fernanda, Nicoly e Andressa. Junto delas, estarão outras 14 gurias que renovaram com o clube.
O grupo iniciou a preparação há mais de um mês e disputou a Copa Siapergs, em Gramado, em fevereiro. Na ocasião, as Esmeraldas foram vice-campeãs. Nas semifinais, derrotaram o Grêmio nos pênaltis. E, posteriormente, perderam para o Inter, atual campeão nacional da categoria sub-20, por 1 a 0.
— Foi muito bom. E, dentro do nosso propósito de equipe, fizemos bons confrontos contra Grêmio e Inter. Essa eu acho que é a nossa evolução: ter um torneio já em fevereiro e, no início de março, disputar o Brasileirão com jogos de ida e volta. Acho que só demonstra o crescimento da modalidade, do futebol feminino. É importantíssimo — ressalta Luciano Brandalise.
Agora, elas enfrentarão as atuais campeãs do Paulistão sub-20: a Ferroviária. Desde que reabriu o departamento feminino, o Ju duelou com a Ferrinha em duas oportunidades — em 2021. Em ambas, acabou derrotado por goleadas (6 a 0 e 9 a 0).
— Sabemos da parte técnica, da parte de conjunto, mas vamos propor nosso jogo e dar nosso melhor. O que aconteceu no ano passado ou no ano retrasado, a gente não pensa. Pensamos só no futuro e em dar experiência, dar rodagem e enfrentar elas de peito aberto, com toda força que nós temos — afirma o treinador.
Nova fórmula e mando dos jogos
Nesta temporada, o Brasileirão Feminino sub-20 teve uma mudança na fórmula. As 20 equipes participantes foram divididas em quatro grupos e se enfrentarão em partidas de turno e returno, totalizando 10 rodadas, para definir os classificados. O Juventude está no Grupo 1 e enfrentará os times do Grupo B. Para se garantir nos mata-matas, o time da Serra precisa ficar entre os dois melhores da chave.
— Achei a fórmula excelente. São 10 jogos na primeira fase, várias partidas com equipes que não estamos acostumados a enfrentar, com nível alto. E no Juventude pensamos sempre em estar entre os grandes. É assim que a gente vai crescer, jogando contra os grandes. Nós temos no sub-20 meninas que vão participar do grupo profissional e elas estão entre 20-21 anos, no limite da idade. Isso que nós buscávamos desde o ano passado: dar minutagem para as meninas — explica.
Para os cinco jogos que terá como mandante, o Juventude definiu a Montanha dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, como sede. No entanto, há expectativa de que as gurias possam realizar as partidas no Alfredo Jaconi, estádio principal do clube.
— Conheço os dois estádios, os dois têm a capacidade de receber jogos como esses. Então, trabalhamos dentro dessas dimensões. Eu gostaria que todos os jogos fossem no Alfredo Jaconi. Mas entendo a direção, que tem muitos jogos da Série B que acontecerão no estádio. Onde for determinado, vamos jogar. Gostaríamos de jogar em Caxias para ter a torcida junto, mas isso eu deixo para a direção, para a Renata (Armiliato, coordenadora do departamento) e para o pessoal resolver — justifica.