
Em menos de 72 horas, o futebol brasileiro foi vítima de cinco graves atos de violência. A onda começou com dois casos na noite de quinta-feira (24) e terminou com mais três na tarde de sábado (26). Entre eles está o do clássico Gre-Nal. O saldo foram dois jogadores hospitalizados, quatro veículos atacados e um gramado invadido.
Confira uma resumo de cada uma das cinco ocorrências.

Caso do Bahia
Antes da partida entre Bahia e Sampaio Corrêa pela Copa do Nordeste, na quinta-feira, a delegação da equipe baiana foi vítima se uma emboscada armada pelos torcedores do próprio clube, em Salvador. O ataque com bombas contra o ônibus que levava os jogadores para a Arena Fonte Nova teve como principal vítima o goleiro Danilo Fernandes.
Além de ferimentos no rosto, o goleiro sofreu diversas escoriações pelo corpo. Devido aos ferimentos, ele passou uma noite internado em um hospital da capital baiana. Apesar da situação, o Bahia entrou em campo e venceu a partida por 2 a 0.
Neste domingo (27), Álvaro Cerdeira, empresário de Danilo, revelou à rádio Nova Morada, de São Paulo, que o goleiro está avaliando encerrar a carreira depois do acontecido.
Caso Náutico
Na mesma noite, outro ataque foi registrado em Recife. A delegação do Náutico foi recebida por torcedores das organizadas do clube no Aeroporto dos Guararapes. Entre as músicas entoadas pelos torcedores, uma dizia "a porrada vai comer". A ira se deu pela eliminação do clube da Copa do Brasil ao levar 1 a 0 do Tocantinópolis, na quarta-feira (23).
Uma das vans que transportou a delegação na saída do aeroporto foi atingida por pedras. Ninguém se feriu.
Caso Paraná Clube
No sábado (26), o Paraná Clube viveu um dos dias mais tristes de sua história. Em queda nos últimos anos, o clube foi rebaixado para a Segunda Divisão ao perder na Vila Capanema por 3 a 1 para o União.
Aos 40 minutos do segundo tempo, um grupo de torcedores invadiu o gramado para agredir os jogadores paranistas. Os atletas se refugiaram no vestiário. Em campo, o que se viu foi uma confusão generalizada. Bombas explodiram, e a polícia precisou intervir. O jogo não foi finalizado.
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Caso Gre-Nal
O quarto caso envolveu o clássico Gre-Nal. Nos arredores do Beira-Rio, o ônibus que levava os jogadores do Grêmio para o estádio foi atingido por uma pedra e uma barra de ferro arremessados por torcedores do Inter, dois suspeitos foram detidos e liberados. O jogador mais atingido foi o paraguaio Villasanti. O volante passou a noite no Hospital Moinhos de Ventos após ter constatado um traumatismo craniano e uma concussão. Na manhã deste domingo (27), o atleta recebeu alta.
Caso FC Cascavel
Na noite de sábado, o ônibus do FC Cascavel, comandado pelo ex-gremista Tcheco, foi atacado por torcedores na saída do estádio Willie Davids, em Maringá, após partida contra os donos da casa, pelo Campeonato Paranaense. Duas pedras foram atiradas contra o veículo. Ninguém ficou ferido, segundo o clube.