Há exatos cinco anos, na madrugada de 29 de novembro de 2016, o avião com a delegação da Chapecoense e profissionais de imprensa que iriam para a final da Copa Sul-Americana caiu nos arredores de Medellín, na Colômbia. Mas você recorda o que aconteceu? Sabe como está a situação das indenizações e responsabilizações? Lembra dos sobreviventes e sabe como eles estão? E a Chape, como ficou após a tragédia?
Para responder a estas e outras perguntas, GZH conversou com um repórter local, familiares das vítimas, dirigentes da Chapecoense e retomou os principais pontos do incidente. Além disso, pediu para que os jornalistas Rodrigo Lopes e Eduardo Matos, do Grupo RBS, que participaram da cobertura à época, relatassem suas lembranças.
Confira:
Seis pessoas sobreviveram à queda do avião, em 2016. Uma delas, porém, já morreu. O jornalista Rafael Henzel sofreu um infarto enquanto jogava futebol com amigos, em março de 2019. Dos outros cinco, Alan Ruschel segue como jogador, Follmann virou músico, Neto trabalha na Chapecoense, e os dois tripulantes bolivianos seguem suas vidas em Santa Cruz de la Sierra.
Passaram-se 1827 dias, mas as famílias das vítimas ainda lutam por justiça. Até hoje, diversas ações seguem em aberto, apenas uma pessoas está presa e praticamente nenhum auxílio foi prestado pela companhia aérea, que deixou de existir, ou pelas seguradoras envolvidas no caso. Há, inclusive, uma CPI no Senado para apurar o caso.
Nestes cinco anos, a Chape passou por dois rebaixamentos, um acesso e a necessidade de uma profunda reconstrução após o acidente. Apesar de um recomeço promissor, com o título catarinense e um oitavo lugar no Brasileirão de 2017, os problemas administrativos e financeiros tomaram conta do clube e ameaçam o futuro de um time que estava se firmando na elite do futebol brasileiro.
O jornalista Rodrigo Lopes foi até o local onde o avião caiu, nos arredores de Medellín, na Colômbia, e depois esteve no Estádio Atanasio Girardot, onde aconteceria a partida entre Chapecoense e Atlético Nacional, pela final da Copa Sul-Americana de 2016. Ele relata a experiência, o que viu por lá e o sentimento na hora da transmissão para a Rádio Gaúcha.
Repórter da Rádio Gaúcha, Eduardo Matos foi enviado a Chapecó logo após o acidente. Por lá, conviveu com a dor de amigos, familiares e de uma cidade completamente abalada pelo acidente na Colômbia. Ele esteve no velório, na Arena Condá, e conta o que lhe chamou atenção naquele dia de muita tristeza para a comunidade esportiva e, em especial, aos habitantes do município do Oeste Catarinense.