A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) publicou, nesta sexta-feira (14) uma versão do "Protocolo de Recomendações para Retorno do Público aos Estádios". Nele, está prevista a volta dos torcedores em jogos das séries A, B e C do Campeonato Brasileiro, além das partidas válidas pelas quartas de final da Copa do Brasil.
No documento, a CBF destaca que, para poderem ter acesso ao estádios, os torcedores precisarão fazer um teste RT-PCR para a detecção do vírus SARS-CoV-2 até três dias antes do jogo. No entanto, também será aceito o teste "pesquisa de antígenos" como alternativa. Neste último caso, obrigatoriamente, o teste precisa ter sido feito em um laboratório de análises clínicas ou unidades de prestação de serviços de saúde "devidamente autorizados pelas autoridades sanitárias".
Além disso, caso o torcedor esteja "plenamente vacinado" não será necessário realizar testes dias antes da partida. A confederação entende que o termo "plenamente vacinado" é o torcedor que já tomou as duas doses ou a dose única do imunizante contra a covid-19.
Vale destacar que alguns pré-requisitos obrigatórios foram determinados para a entrada e, consequentemente, permanência nos estádios. Dentre eles estão: higienização das mãos com álcool 70% ou lavagem com água e sabão, afeição de temperatura corporal, uso obrigatório de máscaras de proteção facial autorizadas pela Anvisa nos ambientes internos do estádio durante todo o período de permanência, além da obrigatória a manutenção do distanciamento nos assentos e setores do estádio durante todo o período de permanência.
Ademias, terá um critério que será utilizado para calcular a quantidade de público que os estádios receber. Este critério é chamado de "taxa de normalidade". Para calculá-lo é preciso levar os seguintes pontos em consideração de acordo com a região:
- Taxa de incidência (casos novos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias);
- Tendência da taxa de casos novos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias;
- Mortalidade por covid-19 por um milhão de habitantes nos últimos 14 dias;
- Tendência da taxa de mortalidade por um milhão de habitantes nos últimos 14 dias;
- Letalidade global de covid-19;
- Percentual da população plenamente vacinada contra SARS-CoV-2.
Dessa maneira, por meio de uma pontuação definida pela CBF, com base nos números dos pontos, é realizado um cálculo da taxa de normalidade para determinar qual seria o limite de público recomendado para cada estádio.
O portal ge.globo apresentou um exemplo para ilustrar melhor esse cenário. De acordo com o site, se o cálculo oferecer um resultado menor do que 30%, a taxa de normalidade será baixa e, portanto, estará liberado 10% da capacidade de público. No entanto, se a taxa de normalidade for de 75% ou mais, será considerada ideal e estará permitido um percentual de público acima de 50% da capacidade do estádio.
Para evitar disparidade em confrontos eliminatórios, o protocolo da CBF destaca que será permitida a diferença máxima de 15% das respectivas capacidades nos dois estádios e prevalecerá a condição liberada do estádio com menor público. Caso um dos times envolvidos no confronto não tiver liberação para receber torcedores, então os dois jogos serão realizados sem público.
No caso das séries A, B e C ainda é necessário a aprovação em um conselho técnico, o que, segundo o site, deve ocorrer nos próximos dias. Ainda vale frisar que o protocolo afirma que, para jogar com público em casa, é necessário ter a aprovação das autoridades sanitárias locais — o que ainda não houve por parte do Governo do RS.
Em relação à venda de ingressos, o documento apresentado pela CBF garante que disponibilizará um sistema virtual para consultas a respeito de vacinas, testes RT-PCR e antígeno. Isso será feito para que os clubes — ou empresas contratadas por eles — possam verificar a veracidade da testagem ou das informações da vacinação dos torcedores.