O governador Eduardo Leite esclareceu, nesta segunda-feira (2), que não há previsão de iniciar o processo de liberação de eventos, shows e público em estádios nesta semana. A intenção havia sido anunciada pelo coordenador do Gabinete de Crise do Rio Grande do Sul, Marcelo Alves, em uma reunião na Câmara de Vereadores de Porto Alegre na última quinta-feira (29).
— Não há perspectiva de retomada de eventos nesta semana. Acho que houve um erro de leitura, de colocações na semana passada, como se houvesse alguma tratativa para retomar eventos a partir desta semana — disse Leite.
Conforme Leite, o Estado começa a discutir a partir de agora como se dará a volta do público aos eventos.
— Ao longo do mês de agosto tenho boa expectativa que vamos encontrar condições para avançar (nas liberações). Esperamos que toda população adulta esteja contemplada com a primeira dose no início de setembro e, com isso, possamos enxergar alguma retomada de eventos com mais segurança — complementou.
O encontro entre o coordenador do Gabinete de Crise e os vereadores ocorreu na semana passada. Marcelo Alves disse que a retomada estava decidida, mas que faltava a definição de como iria ocorrer. Além disso, explicou que eram aguardados os resultados de um evento-teste realizado no último domingo (25), para definir como se dará essa flexibilização.
— O relatório desse evento teste acaba de ser consolidado, os impactados das questões envolvidas ainda estão sendo analisados. Todos nós queremos a volta da vida ao normal, mas isso tem que ser feito com muita responsabilidade. Estamos falando de preservar vidas e não permitir que haja um solavanco nessa retomada por uma displicência — finalizou Leite.
Proposta da prefeitura
O prefeito de Porto Alegre Sebastião Melo apresentou, em 14 de julho, ao Gabinete de Crise do Governo do Estado, a proposta para novos protocolos sanitários para reabertura gradativa de grandes eventos.
Segundo o calendário proposto, haveria um aumento gradual da capacidade dos eventos, a cada duas semanas, com a obrigatoriedade da realização de testes contra covid. Primeiro, seriam autorizados eventos com ocupação máxima de 50% do alvará ou do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) e limite de público de mil pessoas. Após, poderiam ser liberadas atividades com 50% da ocupação máxima, até 5 mil pessoas, então ocupação de 75% e público de 10 mil e, em setembro, poderia chegar a 20 mil pessoas.
Depois dessas oito semanas, de acordo com a evolução da vacinação e do contágio do vírus, a prefeitura avaliaria se poderia abrir mão do teste de covid.