Pouca frase é mais boleira do que: "Jogou onde, fera?". É uma forma de aplicar um carteiraço para desestabilizar o adversário.
Vale para o profissional, para o amador, para o jogador da divisão superior, para o da inferior, para quem faz carreira internacional ou doméstica. Até Robinho, pelo Atlético-MG, disse isso para um adversário no Brasileirão do ano passado.
Essa reportagem é sobre isso. Estamos acostumados a vê-los desfilando carrinhos, distribuindo ombreadas e enfrentando nossos invernos e verões nos gramados de variados tons de verde e marrom do Rio Grande do Sul.
Alguns deles são ídolos de torcidas do Interior, como João Paulo e Júlio Santos, campeões gaúchos com o Novo Hamburgo. Outros varreram o Estado, vestindo camisas do Norte (Passo Fundo, Ypiranga) ao Sul (Brasil-Pel, São Paulo-RG), passando pelo Centro (Inter-SM) e muitas mais.
Mas muitos dos operários da bola, que ganham a vida pulando de cidade em cidade, de campeonato em campeonato, de contrato curto em contrato curto, tiveram seus momentos de glória.
Encararam de frente personalidades do futebol. Estrelas cujo salário de um mês paga o que todos, somados, receberam ao longo da vida. Pisaram em templos do futebol, enfrentaram jogadores que só conheciam do videogame, ganharam, perderam, bateram, apanharam, driblaram, sofreram.
A seguir, conheça histórias de quem realmente pode aplicar o "jogou onde, fera?". Figuras carimbadas do nosso Interior que tiveram seus dias de glória e enfrentaram o que de mais fino o futebol mundial produziu no século.
Imperador do Vale não se intimidou nem diante do goleiro da seleção francesa. Conheça a história.
Campeão gaúcho com o Novo Hamburgo, centroavante guarda boas lembranças dos tempos de Belenenses. Leia mais.
Defensor, nos tempos de Reggina, precisou encarar Quagliarella e Alexis Sánchez. Saiba mais.
Meia rodou por mais de 10 times do interior gaúcho. Mas guarda ótima lembrança na Itália. Entenda o motivo.
Campeão gaúcho pelo Novo Hamburgo dividiu concentração com o centroavante francês. Leia.
Jogador deixou Carlos Barbosa para, certa feita, constatar seu grande feito: "Pô, olha onde estou!"
Quem via Sávio jogar futsal em sua infância, no sul do Estado, previa que dali sairia jogador. Acertou.