Será domingo. Lá vem mais um Super Bowl. A 52ª edição. New England Patriots (sempre eles) contra Philadelphia Eagles. Cinco títulos da NFL, todos na Era Tom Brady, contra três dos Eagles – o último deles conquistado em 1960. Dessa vez, o pomo de ouro sairá da gelada Minneapolis, com previsão de até -24ºC, num estádio coberto, que custou mais de US$ 1 bilhão, cujo desenho é um barco viking. Por pouco, o local não entrou para a história ao ver pela primeira vez o time da casa decidindo o título da NFL. O Minnesota Vikings chegou perto. Parou na final da Conferência Nacional, ao ser surrado na Filadélfia.
Do outro lado, ele: Brady, seus 40 anos e meio de idade e dezenas de recordes, capitaneando o Patriots. O time de Brady é aquele que todos amam odiar, porque ganha quase sempre – e a tendência é torcer pelo mais fraco. Em 17 anos de carreira como quarterback titular, Brady disputará o oitavo Super Bowl. Venceu cinco, perdeu dois. O quarterback dos Eagles, Nick Foles, 29 anos, jamais esteve na final.
Você já ouviu falar sobre os bilhões envolvidos no SB, do preço dos comerciais na TV americana, do valor do ingresso, do show do intervalo do Justin Timberlake, blá, blá, blá... Mas me permita falar de Brady. Para muitos, apenas o marido da Gisele. Brady é uma espécie de Pelé, mas lançando a bola com a mão, em vez de usar os pés. Um gênio. Além do talento para o esporte, ele é um obcecado por vitórias. Não suporta perder nem arreganho de aquecimento antes do treino. Nada.
Em meio à temporada, uma matéria de bastidores da ESPN gringa colocou em xeque a continuação do técnico do Patriots, Bill Belichick, no cargo após esta temporada por ter ido contra a vontade de... Brady. Houve naturais negativas, e a turma de New England seguiu vencendo. Para ir ao Super Bowl, superou (sem muitos problemas) na decisão da Conferência Americana a melhor defesa da Liga: a do Jacksonville Jaguars.
Mesmo que você goste de esporte, mas que não dê muita bola para futebol americano, invista alguns minutos da sua noite de domingo para assistir a Tom Brady e aos Patriots em campo. Você terá a chance de ver (talvez pela última vez no Super Bowl) o maior jogador de todos os tempos buscando o sexto título e atuando em altíssimo nível. Se precisar algum elemento extra para escolher para quem torcer, vá de Patriots. Afinal, Tom Brady tem um pé no Rio Grande, é casado com Gisele Bündchen, sabe o que é chimarrão, escreve em português no Instagram e já foi a Horizontina.