Divulgado na última terça-feira pela Fifa, o longo e aguardado "Relatório Garcia" tem em Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, um nome citado diversas vezes como sendo um dos beneficiários de vantagens indevidas durante o período de mandato. Atualmente, o antigo cartola é réu nos Estados Unidos e investigado na Espanha.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, Teixeira deu uma declaração polêmica ao descartar a possibilidade de deixar o Brasil e, consequentemente, fazer uma delação premiada nos EUA.
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– Tem lugar mais seguro que o Brasil? Qual é o lugar? Vou fugir de quê, se aqui não sou acusado de nada? Você sabe que tudo que me acusam no exterior não é crime no Brasil. Não estou dizendo se fiz ou não – disse Ricardo Teixeira, que também negou qualquer ligação com Sandro Rosell, antigo presidente do Barcelona e atualmente preso na Espanha pela suspeita de receber propina na exploração dos amistosos da Seleção.
– Não existe esse acordo. É ridículo dizerem que telefonei para o Sandro [Rosell, ex-presidente do Barcelona, preso na Espanha acusado de dividir propina com o brasileiro] combinando um lugar para morar. Quero ver a gravação – afirmou.
Ricardo Teixeira é acusado pelo FBI e pela Justiça da Espanha de receber propina na venda dos direitos de televisionamento de jogos da Seleção Brasileira, além de torneios no país e no continente sul-americano. Em tempo, segundo relatos, o ex-mandatário da CBF teria recebido regalias em amistoso da Seleção no Catar – país que viria a ganhar o direito de sediar o Mundial de 2022.