A Fifa informou neste domingo (6), em coletiva realizada no Maracanã, que está oficialmente pedindo explicações ao filho de Julio Grondona, vice-presidente da entidade, Humberto Grondona, sobre o ingresso nominal do jogo Argentina x Bósnia, que foi encontrado em revenda ilegal, entre os ingressos apreendidos pela polícia com cambistas presos no Rio de Janeiro.
“A Fifa encaminhou um documento por escrito para o filho do vice-presidente, para que ele explique a situação", disse Delia Fischer, porta voz de comunicação da entidade.
A Federação inicialmente tinha descartado qualquer punição ao dirigente, que é instrutor da entidade, e explicou em entrevista a um canal de TV, na emissora TYC, que não vendeu o ingresso, e que deu a um amigo, que por sua vez, teria vendido o bilhete.
Empresa Match Hospitality
A Fifa informou também que pediu à empresa Match Hospitality que explique, através de um relatório, sobre os pacotes de ingressos vendidos às empresas Atlantic, Jet Set e Panorame. Eles foram apreendidos com a Polícia Civil na máfia dos cambistas.
A Match recebeu 440 mil ingressos da Copa do Mundo para serem revendidos para agências e empresas, que os vendem para um público vip.
Zúñiga e Thiago Silva
Em relação ao pedido encaminhado pela CBF, da entrada dura do lateral colombiano Zúñiga no atacante Neymar, que tirou o craque brasileiro da Copa, a Fifa informou que o Comitê Disciplinar está analisando o caso. A entidade analisa também o pedido de anulação, encaminhado pelo jurídico da CBF, do cartão amarelo recebido pelo defensor Thiago Silva na mesma partida.
Rodrigo Paiva
A Federação falou também sobre a punição agravada ao diretor de Comunicação da CBF, Rodrigo Paiva, que está suspenso quatro jogos por agressão ao atacante Pinilla, do Chile, no jogo Brasil x Chile. Ele não poderá continuar coordenando as entrevistas da Seleção Brasileira, com exceção dos dias de jogos da semifinal e final, se o Brasil chegar, ou na disputa de terceiro ou quarto lugar.
"Ele foi banido do vestiário, pode ir ao treino e as entrevistas, menos nos jogos”, disse Delia Fischer, assessora da Fifa.