No dia em que a Conmebol anunciou um protocolo de saúde para a volta de suas competições, o presidente da entidade, Alejandro Domínguez, deixou em dúvida a realização da final da Libertadores no Maracanã. Em entrevista à Rádio Rivadavia, da Argentina, Domínguez admitiu preocupação com a situação da pandemia de coronavírus no Brasil.
— A final única no Maracanã é um assunto que temos de avaliar como irá seguir o vírus e sua evolução. Nosso desejo segue sendo o mesmo (realizar o jogo no Maracanã), mas estamos atentos a isso — ressaltou.
Alejandro Domínguez admitiu que considera difícil que a Libertadores possa ser disputada antes de setembro. Em razão disso, ele deixou aberta a possibilidade de que a competição seja encerrada em janeiro de 2021.
— Não há pressa para a volta da competição. Se tiver que jogar em 30 de dezembro, jogaremos. Se for em janeiro, também. O calendário será flexível e a saúde está em primeiro lugar — declarou Domínguez, que evitou estipular uma data para o retorno da competição.
— Não tenho datas definidas. Claro que gostaria disso, mas sabemos que o vírus está em evolução. Sabemos que neste mês, em julho e em agosto será muito difícil. Esperamos que com esses protocolos podemos retornar mais adiante — completou.
O protocolo apresentado pela Conmebol nesta sexta-feira (19) contou com aprovação das dez confederações nacionais. A entidade sul-americana ainda cedeu uma verba de dois milhões de dólares para cada uma delas - que deve ser aplicada em ações de prevenção ao coronavírus, como realização de testes para covid-19.