
A entrega da camisa do Inter, via Rafael Borré, a Raphinha, após o duelo entre Brasil e Colômbia, pelas Eliminatórias Sul-Americanas, faz parte de uma estratégia do clube.
O objetivo é reforçar o vínculo com o atacante e alimentar o sonho de uma possível vinda ao Inter em um futuro distante. O movimento já foi realizado com outros jogadores pela gestão Alessandro Barcellos.
Taison e Alisson
Taison e Alisson, por exemplo, que possuem forte identidade com o Inter, já receberam sinalizações semelhantes. O meia-atacante, depois de várias investidas, retornou ao Beira-Rio entre 2021 e 2023, mesmo com propostas mais vantajosas do exterior e do Flamengo.

Segundo o presidente Alessandro Barcellos, em entrevista ao Bola nas Costas, da Rádio Atlântida, o plano não envolve apenas o momento atual, mas o futuro, mesmo que com outros dirigentes:
— São mais de dez jogadores, durante esses quatro ou cinco anos de presidência. É importante, pois são jogadores que ainda voltarão pro Brasil, essa opção, esse carinho pelo clube, vai ser colhido lá na frente por alguém, desde que seja mantido — explicou.
"Tem conexão"

Raphinha fez testes para ingressar na base colorada, mas constituiu carreira profissional no Avaí. Brilhou no futebol português, antes de ir para o Leeds United, da Inglaterra. No Barcelona, é capitão e referência do time. Barcellos reforça o vínculo afetivo como trunfo:
— Tem essa conexão. É um menino que saiu da periferia de Porto Alegre, tem identidade conosco. Já fizemos com outros jogadores, alguns deram certo e outros não deu. Ainda tem a questão financeira, que é sempre uma barreira para esses atletas que são top, mas é importante ter essa relação — disse Barcellos.
Mais dois anos de contrato com o Barcelona
Raphinha tem 28 anos e mais dois de contrato com o Barcelona. A tendência é de que ele ainda tenha mercado fora do Brasil antes de um eventual retorno para Porto Alegre. Recentemente, ele foi especulado no Manchester United.
Porém, as relações são estreitadas. Em 2022, de férias, o jogador, natural da Restinga, bairro na zona sul da capital, foi ao Beira-Rio acompanhar uma partida do clube:
— O Raphinha já esteve lá no Beira-Rio, no espaço que eu assisto com a minha família, estivemos juntos, assistimos juntos, trocamos camisas. Criamos essa relação — relembrou.