Contra o Fortaleza, às 16h deste domingo (8), estão em jogo duas situações para o Inter. A primeira é prática: empatar ou vencer significa ter mais dinheiro como premiação. A segunda tem a ver com organização. Ficar em quarto lugar no Brasileirão seria a única meta atingida na temporada. É isso o que vale a última rodada da competição, a despedida de um 2024 de altos e baixos.
Os 90 minutos do Castelão valem R$ 2,3 milhões. Na premiação oferecida pela CBF de acordo com a colocação no Brasileirão, o quarto lugar ganhará R$ 40,8 milhões, enquanto o quinto fica com R$ 38,5 milhões. Essa verba, em um clube de orçamento apertado, faz diferença. É o equivalente a 30% da folha salarial do futebol profissional, por exemplo.
No balancete apresentado pelo Inter, a estimativa é de um déficit de R$ 44 milhões. Ficar em quarto lugar reduz um pouco o problema, agravado pela enchente, que obrigaram o clube a gastar para reformar Beira-Rio e CT Parque Gigante e tiveram prejuízos esportivos e financeiros estimados em R$ 90 milhões.
Por mais que pareça pouco, esses R$ 2,3 milhões podem significar um degrau a mais em uma contratação. Ou, no mínimo, uma capacidade maior de barganha na hora de vender alguém.
Roger, na última entrevista coletiva, afirmou que o quarto lugar é importante. Isso também tem a ver, além do dinheiro, com o simbolismo. Terminar dentro do G-4 é conquistar vaga direta à fase de grupos da Libertadores mesmo se não não tivessem sido abertos mais lugares com os títulos de Botafogo e Flamengo.
Como instituição, o quarto lugar no Brasileirão seria o único objetivo atingido dentro da meta traçada em 2023. Quando apresentou o planejamento de 2024, a direção colorada estipulou as seguintes metas: ser campeão gaúcho, quarto lugar no Brasileirão, chegar às semifinais da Copa do Brasil e às quartas da Sul-Americana.
No Estadual, caiu na semi para o Juventude. Nas copas, ficou nos playoffs da Sul-Americana, duas fases antes do objetivo. Na Copa do Brasil, foi eliminado novamente para o Juventude, na terceira fase, três rodadas abaixo do previsto.
Reta final
A montanha russa de 2024, que começou com altas expectativas, caiu drasticamente no Gauchão, teve drama na enchente e retomada depois de julho, está na reta final. O objetivo é terminar bem a temporada e manter a chama acesa para janeiro em diante, renovando as esperanças.
— O que fica para 2025 é o resgate da autoestima do torcedor. Acho que merecia um documentário pelo que se passou no Estado e como o clube se reergueu. O que pretendemos construir é para dar orgulho e com títulos. Se o torcedor se sentiu representado em campo, nossa intenção sempre foi essa. Vamos devolver em resultados e conquistas — disse Roger, antes de concluir que há algo em jogo em 2024:
— Como todos puderam ver, ainda não demos o ano por encerrado.
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