O Inter estreou no Brasileirão contra o Bahia e conseguiu vencer sem dois expoentes no meio de campo: Aránguiz, que se recupera de um entorse no tornozelo direito, e Alan Patrick, que teve diagnosticada uma lesão no músculo posterior da coxa esquerda. Com a ausência dessas duas peças, quais devem ser os meias titulares da equipe?
Sem Aránguiz e Alan Patrick, qual o meio do Inter?
"Coudet costuma montar seus times no 4-1-3-2, e utilizou o 4-3-3 no último sábado (13). Nessa linha de três do meio e mais o volante no suporte atrás, o técnico argentino alterna as peças — o chileno, por exemplo, pode jogar de volante ou centralizado com os outros dois meias mais abertos; outra variação é Bruno Gomes atuando à frente de Thiago Maia, como ocorreu contra o Bahia. Partindo desse pressuposto, os colunistas de GZH deram as suas opiniões de qual seria o meio ideal do Inter sem as presenças de Aránguiz e Alan Patrick."
Vaguinha, colunista de GZH identificado com o Inter
"Acho que o Coudet encontrou o time (ideal), que é o do segundo tempo contra o Bahia. Uma espécie de 4-3-3, com dois homens de velocidade espetados nas duas pontas, Wesley na direita e Wanderson na esquerda. Com isso, é preciso um pouco mais de proteção ao sistema defensivo. Fernando provou que é um jogador diferenciado, que preenche os espaços, e Thiago Maia daria esse suporte maior ao setor. (Neste caso, ainda) colocaria o Mauricio, deixando só Borré no ataque".
Diogo Olivier, colunista e comentarista de GZH
"O Inter joga no 4-1-3-2. O meia central na linha de três meias por trás dos dois atacantes tem de ter construção. Sem Alan Patrick e Aránguiz, o jogo contra o Bahia provou que Bruno Gomes não sabe fazer essa função. Não consegue dominar e girar rápido para ficar de frente. Falta-lhe mobilidade. Bruno Henrique não é o ideal, mas na ausência de Alan Patrick e Aránguiz, é o melhor disponível. É volante, mas sabe trabalhar o passe curto e tem o lançamento longo. O meio colorado, com o camisa 8, ficaria da seguinte forma: Thiago Maia, Maurício, Bruno Henrique e Wesley. Contra o Palmeiras, pela segunda rodada do Brasileirão, acho que poderia ter o acréscimo de Fernando na volância, e apenas Borré na frente."
Guerrinha, colunista e comentarista de GZH
"Quando o Aránguiz não joga, o Inter tem uma peça muito parecida (para substitui-lo), que é o Bruno Henrique. Pode-se escalar ele ou Thiago Maia, até Mauricio e, aí sim, vem o grande problema: não tem um reserva para o Alan Patrick. O Inter vai precisar mudar a forma de jogar sem o camisa 10, não vai conseguir ter trabalho de bola no meio, vai ter que usar muita bola esticada, acionando a velocidade de peças pelo lado de campo, e um centroavante. Então, a ausência do Alan Patrick é o X maior da questão. O Aránguiz também tem muita qualidade, mas é um problema mais fácil de ser solucionado. Não sei como vai se virar o Coudet".
Luciano Périco, colunista de GZH e narrador na RBS TV
"Sem Aránguiz e Alan Patrick, o Inter perde os dois principais jogadores do setor. Isso somado a ausência de Enner Valencia, mais um problema para encarar o Palmeiras. Coudet terá que montar um quebra-cabeça. Apostaria, do meio para frente, em um esquema com Fernando, Thiago Maia e Mauricio; Wesley, Wanderson e Borré".
Leonardo Oliveira, colunista e comentarista de GZH
"Sem Alan Patrick, há dois lugares que precisam ser ocupados: um ao lado do centroavante, onde ele vinha jogando até a semifinal do Gauchão, e outro como meia central, onde esteve até se lesionar contra o Tomayapo. Na frente, parece lógico. Um dos centroavantes, Lucca ou Alario, entra para jogar com Borré até o retorno de Enner Valencia. No meio-campo, a substituição natural seria a entrada de Aranguiz, também lesionado. Sem ele, Coudet testou Bruno Gomes. Sobra saúde, mas falta traquejo para ele fazer essa função. Bruno Henrique, que já jogou por ali no Gauchão, me parece a escolha mais natural. Equilibra o setor e, embora não tenha a capacidade de criação de Alan Patrick (ninguém no Beira-Rio tem), ocupa melhor os espaços".