A principal atração do Inter para o confronto da segunda fase da Copa do Brasil é, também, a maior contratação da temporada. Rafael Santos Borré viajou para Brasília e está à disposição de Eduardo Coudet para enfrentar o Nova Iguaçu, a partir das 20h desta quarta-feira (13).
Ele não deve começar como titular. A tendência é de que Borré seja uma opção para o segundo tempo. Valencia deve estar entre os 11. O equatoriano se recuperou das dores no tornozelo direito que o tiraram do treino de segunda-feira e viajou para a Capital Federal.
Assim, Coudet pode repetir a equipe (ou ao menos o modelo) usado contra o São Luiz, no sábado passado, com Alan Patrick mais adiantado, Mauricio e Wanderson no suporte e mais dois jogadores centralizados, como Aránguiz e Bruno Henrique (mas essa dupla também pode mudar, falaremos sobre isso mais adiante).
Voltando a Borré. A expectativa do Inter é que ele tenha um começo tão fulminante como no começo de sua carreira. Em sua estreia como titular no Deportivo Cali, há 10 anos, precisou de meia hora para fazer seu gol. Nos demais times, também teve influência já nos primeiros dias. No River Plate, levou 19 minutos (11 no primeiro jogo, oito no segundo) para marcar. No Werder Bremen também deixou seu gol na segunda partida. No Villarreal, deu assistência na estreia, botou a bola na rede no oitavo compromisso. Mesmo tempo que levou para fazer o seu gol pelo Eintracht Frankfurt. Pela seleção colombiana, marcou no quinto compromisso como titular (o sétimo jogo no total).
Trata-se, portanto, de um jogador de rápida adaptação. Isso se dá, em parte, pela inteligência. Nos poucos dias em Porto Alegre, chamou a atenção de quem esteve perto dele pelo alto nível intelectual. Não tem nem perto o perfil boleirão desligado da vida em sociedade.
O colombiano fez seis sessões de treino com o restante do grupo. Também por isso, não deve ser titular. O entrosamento é um arma que Coudet costuma aproveitar e que tende a levar em conta. O treinador prefere manter o sistema, ao menos no começo. Assim, Borré terá de conter a expectativa pela estreia. Na entrevista coletiva de apresentação, já tinha falado sobre o tema:
— Preciso controlar a ansiedade de poder jogar, começar a treinar. É importante que a comissão técnica administre da melhor forma. Há momentos para cada situação, o mais importante é o coletivo. Mas existe essa ansiedade, e precisa um pouco de calma para fazer as coisas de maneira especial.
Mesmo que não esteja na melhor condição, a opção por relacionar Borré se dá porque, depois do Nova Iguaçu, ele só poderá jogar novamente daqui a três semanas, na possível estreia colorada na Copa Sul-Americana. O colombiano não está inscrito no Gauchão.
Mas se Borré deve começar no banco, o time pode ter uma novidade no meio-campo. Como Aránguiz e Bruno Henrique jogaram no sábado e são as opções mais viáveis para enfrentar o Juventude, no domingo, pela semifinal do Gauchão. Por isso, não será surpresa se um deles ficar no banco contra o Nova Iguaçu. Isso abriria espaço para Fernando estrear. O volante de 36 anos está há mais tempo no Inter, mas foi inscrito após o término do prazo do Estadual. Como fez treinos e tem um entrosamento maior, pode aparecer entre os titulares. Thiago Maia ainda não jogará.
É importante lembrar que não há mais vantagem de empate para o visitante. Nessa fase da Copa do Brasil, quem vencer no tempo normal avança. Igualdade no placar leva a disputa para os pênaltis.