Ganhamos o jogo. Jogando de verde (cinza?), com time reserva, num domingo de Carnaval, com treinadores se xingando e gol de pênalti de De Pena.
Aliás, no Passo D'Areia, De Pena chutou a bola com um pé só, em vez de dois — como foi naquela eliminação para o América-MG na última Copa do Brasil. Não é maravilhoso? Isso é uma demonstração de que o gramado (gramado?) do São José é melhor do que o do Beira-Rio. Lá não dá para escorregar e chutar a terra, porque só tem borracha. Grande gramado (?). Inter na liderança do Gauchão.
Mas, agora que já chamei atenção de vocês, eu preciso dizer que é um absurdo o Inter jogar em um domingo de Carnaval. Não existe festa mais colorada do que o Carnaval. Vicente Rao, que foi Rei Momo da cidade por vários anos, é o nosso patrono informal; nossas cores foram escolhidas devido a vitória dos Venezianos (não dos Esmeraldas, que eram verdes, cores com as quais jogamos ontem) no Carnaval de 1909. A torcida do Inter tem que ir para a rua nos folguedos de Momo, não para o estádio.
Triste pelas gurias
Talvez essa seja a justificativa pela qual foi tão pouca gente ao Beira-Rio pela manhã. Muito calor, muito Carnaval, e pouco mais de 3,5 mil pessoas no Gigante para ver as gurias. Triste, mas não muito. Se fosse o futebol masculino, também não iria muita gente. Mais lamentável é o fato de que o preparo físico das meninas não aguentou tão bem o calor úmido. Temos muito a evoluir, como instituição, para disputar as grandes taças.