A decisão do TJD-RS de manter a redução das penas de Alan Patrick e Gabriel Mercado para dois jogos já cumpridos permite que a dupla esteja à disposição de Eduardo Coudet para o confronto com o Ypiranga, no próximo sábado (27), às 16h30min, no Beira-Rio. Com isso, o treinador argentino terá a primeira oportunidade de usar uma formação tendo o camisa 10 na linha de meio-campistas desde o início de uma partida.
Em 2023, Coudet chegou ao Beira-Rio durante as disputas de Brasileirão e Libertadores e optou por escalar Alan Patrick como o homem mais próximo de Enner Valencia. Assim, dentro do seu 4-1-3-2, o camisa 10 se posicionava como um atacante quando o time não tinha bola ainda que não perdesse liberdade de meia na criação na fase ofensiva.
Para este ano, a contratação de Lucas Alario e a futura chegada de Rafael Borré levantaram o debate sobre como Coudet irá usar Alan Patrick nessa temporada. O próprio treinador tratou de revelar que pretende escalar o camisa 10 na linha de três meio-campistas nesta temporada.
— Se vocês olharem para os times que treinei, sempre meus times jogaram com um volante, três meias e dois atacantes. A solução é correr. Todos podem jogar juntos se correm. Eu gosto de times que correm e brigam. Não gosto de falar de um nome, mas estamos falando de um jogador muito importante, nosso capitão (Alan Patrick), que se moldou a diferentes posições e maneiras de jogar — declarou após a vitória sobre o Avenida.
Dentro dessa ideia e como Aránguiz vem jogando como primeiro volante, Alan Patrick entrará no lugar de um dos três homens que formaram a linha de meias na estreia contra o Avenida, Hyoran, Bruno Henrique ou Wanderson. GZH explica as diferenças no time dependendo de quem for para o banco.
Alan Patrick no lugar de Hyoran
Sem Mauricio, que está com a seleção sub-23, Coudet optou por escalar Hyoran como o meia direita diante do Avenida. O jogador vindo do Atlético-MG também iniciou diante do São Luiz, um indicativo de que pode não começar contra o Ypiranga — outro que também iniciou os dois confrontos com o zagueiro Robert Renan, que sai naturalmente para a volta de Mercado.
Com Alan Patrick no lugar de Hyoran, Coudet deve mexer no posicionamento de Bruno Henrique. Assim, o camisa 8 passaria a ser o meia direita, com o capitão colorado entrando como o meia central. Uma hipótese mais remota nesse cenário seria BH seguir por dentro, com Alan Patrick ocupando a meia direita.
Esse movimento, porém, faria Alan Patrick ter de marcar pelo lado as subidas do lateral-esquerdo do Ypiranga quando o Inter estiver em organização defensiva. Quem vem fazendo essa função no Canarinho é Foguinho, que tem característica ofensiva.
Alan Patrick no lugar de Bruno Henrique
Uma mudança sem modificar outras peças seria a simples entrada de Alan Patrick no lugar de Bruno Henrique. Assim, Hyoran seria o meia direita e Wanderson o homem do lado esquerdo.
Alan Patrick no lugar de Wanderson
A opção que geraria mais adaptações ao time. Com Alan Patrick provavelmente entrando por dentro, Bruno Henrique seria deslocado para o lado direito, com Hyoran jogando pela esquerda, assim como ele jogava com Coudet no Atlético-MG.
Essa formação, porém, geraria uma mudança na forma como o Inter constrói jogo. Isso porque normalmente Renê fica recuado fazendo a saída de três com os zagueiros, enquanto Wanderson dá amplitude na esquerda. Sem Wanderson, Renê terá de ocupar o corredor esquerdo, o que faria Aránguiz recuar para fazer a saída de três com Vitão e Mercado.
Como o Inter ficaria em fase ofensiva
Sem Alan Patrick, Coudet formou o meio-campo assim contra o Avenida: Aránguiz de primeiro volante, Hyoran como meia direita, Bruno Henrique por dentro e Wanderson por fora. Diante do São Luiz, Rômulo foi o volante, Hyoran seguiu como meia direita, Campanharo foi o homem central e Gabriel Barros ocupou o setor esquerdo.
