Nome forte da agricultura brasileira, Elusmar Maggi também foi personagem frequente no ambiente do Inter na passagem por Mato Grosso, onde o Colorado venceu o Cuiabá na quarta-feira (29). Considerado um dos homens mais ricos do país, o empresário e torcedor colorado ganhou os holofotes ao bancar R$ 1 milhão para quebrar o acordo de cavalheiros em 2021 para Rodinei enfrentar o seu antigo clube, o Flamengo, na reta final do Brasileirão de 2020. Agora, o produtor de soja declarou apoio à reeleição de Alessandro Barcellos no clube ao conversar com exclusividade com a reportagem de GZH, na capital matogrossense.
Pouco antes das 9h desta quinta-feira, no horário local (10h horário de Brasília), o empresário saiu de uma Lamborghini amarela, chegou ao hotel Grand Odara, o principal da cidade, para algo recorrente nos últimos dias: encontrar o presidente do Inter, Alessandro Barcellos. Porém, desta vez, seria diferente. Após um breve café com a alta cúpula da direção, eles partiriam para um almoço nesta quinta-feira (30), numa das propriedades do empresário, com direito a passeio de avião.
Antes de deixar o ambiente, Elusmar conversou rapidamente com a reportagem de GZH. Desde 2021, quando ganhou notoriedade pela "doação" ao Colorado, o empresário recuou e retomou o perfil discreto. Logo na primeira manifestação desta quinta, fez questão de relembrar a escalação do Inter na década de 1970, demonstrando o lado torcedor saudosista.
— Amo o Inter desde criança. Estamos com o nosso amigo Alessandro, sinto o amor que ele tem pelo Inter, pela nação colorada. Não ganhamos aquela campeonato (Brasileirão de 2020, mas bateu na trave. Faltou um milésimo de sorte, de segundo, nem sempre o resultado vem como a gente quer — disse Elusmar, que assumiu a postura de parceiro da direção numa eventual reeleição pela confiança no trabalho desenvolvido no Beira-Rio desde o começo da Gestão Barcellos:
— Eu confio, creio nessa diretoria, que está levando o Inter enxugando gelo, diminuindo o nosso déficit. Com certeza, vamos montar um grande time para o ano que vem para o Brasileirão e o Gauchão. Ano que vem é o ano de ganharmos essas competições. Vamos apoiar a nossa diretoria, o Magrão, e todos que estão à frente do clube. Vamos ter muitas alegrias para os nossos corações vermelhos — acrescentou, pedindo o apoio da torcida para com a gestão.
A ideia sustentada por Barcellos é de criar um fundo de investimentos para buscar atletas no mercado e, posteriormente, com prestações de contas públicas aos associados, devolver as quantias utilizadas. Neste cenário, encaixa-se a participação de Elusmar Maggi. Ele ressaltou o desejo em contribuir no novo momento da instituição:
— Tem coisas que podem acontecer. A gente pode, com certeza, ajudar o Internacional a ser cada vez mais forte. Estamos lá, incentivo pessoalmente. Se acontecer algo que está por acontecer, podemos ajudar muito mais — disse Maggi, sem revelar o "algo que está por vir".
A distância entre Cuiabá e Porto Alegre, além dos compromissos particulares, impediram uma aproximação física entre o empresário com o clube nos últimos anos. Entretanto, Elusmar assegura estar motivado, prestes a se aposentar, para vivenciar mais o cotidiano do estádio Beira-Rio:
— Temos nossas atividades todas aqui dentro do Mato Grosso, com o meu grupo (empresarial) e com a minha família. Tenho muitos amigos aqui e Porto Alegre está muito distante. Pegar um avião ficou mais fácil, as coisas foram ficando mais fácil um pouco, eu não tinha muita atividade com as diretorias anteriores, tinha com o Tite, com outro presidente, mas não era tão afundo. Tenho executivos e vai sobrar mais tempo para estar mais perto dessa diretoria, que espero que seja reeleita, aí estaremos mais perto para pegar mais detalhes do nosso Colorado.