Não foi um ano bom para o Inter, esse 2023 que ainda não acabou. Enquanto busca os pontinhos que falta para permanecer na Série A e batalha por uma vaga na Copa Sul-Americana de 2024, o clube começa a atravessar também o processo eleitoral. Mas, ao mesmo tempo, é possível analisar alguns números da temporada que está terminando e entender, especialmente, a frustração da torcida com um ano que prometia bem mais do que entregou. O torcedor colorado foi a prova disso.
Outubro registrou o maior fechamento de mês do quadro social da história do Inter. Foram mais de 129 mil associados ativos, um número superior ao recorde anterior, em setembro de 2019. Isso significou também o máximo de arrecadação obtido com esse segmento, algo como R$ 8 milhões mensais. A inadimplência caiu para 16%.
Faltando dois jogos para acabar o ano no Beira-Rio, as arquibancadas voltaram a encher. Até agora, alcançou a melhor média de público desde 2018 (quando houve menos jogos do que na temporada atual). Até o momento, mais de 888 mil torcedores cruzaram os portões, em uma média superior a 27 mil pessoas por partida. Das temporadas recentes, só em 2019 entrou mais gente, mas também ocorreram mais jogos.
Na comparação com 2022, o crescimento é evidente. Os colorados começaram a temporada empolgados pelo final do ano passado, vice-campeão brasileiro, e com a expectativa de voltar a comemorar títulos grandes. Mesmo com as quedas precoces no Gauchão e na Copa do Brasil, ainda houve esperança na Libertadores, que arrastou multidões ao Beira-Rio. O confronto com o River Plate, pelas oitavas de final, quebrou o recorde de público do estádio pós-reforma para a Copa do Mundo, com 50.479 torcedores. A derrota para o Fluminense foi o terceiro maior público, com 50.002 pessoas.
A expectativa pelas fases decisivas da Libertadores fez o clube lançar, com sucesso, uma campanha colaborativa. O associado que levasse um novo sócio, ganharia um mês de isenção na modalidade. Se fossem dois novos sócios, dois meses. E assim por diante, até que fossem totalizados 12 meses.
Os sócios, aliás, terão outra missão ainda em 2023, além de apoiar a equipe contra Bragantino e Botafogo, os dois adversários que virão ao Beira-Rio. Após o término do Brasileirão, eles escolherão o presidente e o conselho de gestão para o triênio 2024-2026. A disputa é entre Alessandro Barcellos e Roberto Melo. Os dois candidatos falaram sobre os associados, em entrevista a GZH.
Disse Alessandro Barcellos:
— Lançamos o projeto digital Mundo Colorado que, com sua nova versão a ser lançada em 2024, associada a termos alcançado o recorde histórico de quantidade de sócios no mês de outubro, vamos impulsionar as receitas com nossos sócios e torcedores.
Afirmou Roberto Melo:
— Queremos trazer de volta o protagonismo dos sócios e aumentar o quadro social, incrementar as ações de marketing, fazer com que o complexo Beira-Rio tenha vida permanente gerando novos negócios e receitas.
Ainda há tarefas a ser cumpridas em 2023, mas é inevitável olhar para os dados do ano e do passado e imaginar como se comportarão os colorados em 2024. Será possível superar a média de público atual? E crescer ainda mais o quadro social? O campo responderá.