Revelado pelo São Caetano, e com passagens por Palmeiras e Corinthians, Magrão vestiu a camisa do Inter entre os anos de 2007 e 2009. Mesmo sendo natural de São Paulo, o ex-jogador costuma afirmar que foi com o clube gaúcho que mais se identificou durante a carreira. Por aqui, foi duas vezes campeão gaúcho, além de ter participado da conquista da Sul-Americana, em 2008. Em entrevista ao Paredão do Guerrinha, da Rádio Gaúcha, neste sábado (15), o dirigente explicou a relação com o Colorado:
— Foi o primeiro clube que eu escolhi jogar. Era sempre difícil jogar aqui. Deu tanto certo que hoje estou aqui. Foi muito pelas pessoas que estavam aqui. Joguei em uma equipe formidável, a melhor da minha carreira. A identificação do Inter vem do estilo de jogo. O torcedor gosta de alguém que brigue, mas também que jogue. Tem de ser aguerrido e jogar. Eu acho que entendi isso rápido e consegui entregar para o torcedor — destacou, relembrando a vinda para Porto Alegre, em 2007:
— Minha vinda foi estranha. Em 1999, tive uma sondagem do Grêmio. Depois, o Mário (Sérgio) veio para cá e exigiu a minha contratação para o Grêmio. Não era para ser. Em 2007, o Fernando Carvalho e (Giovanni) Luigi foram para o São Paulo e me passaram o projeto. Foi quando eu aceitei o convite. Eu tinha outras três propostas do Brasil e mais duas de fora. Estava na minha melhor forma — ressaltou.
Desde maio, Magrão revive o ambiente do Beira-Rio exercendo a função de gerente esportivo. Após deixar os gramados em 2015, arriscou-se em cargos de gestão esportiva, o que acabou recolocando o Inter no seu caminho.
— Todo mundo acha que é só ser o elo entre o vestiário e a diretoria. Vai um pouco além disso. Eu tenho autonomia, principalmente na questão das contratações, onde eu participo das decisões. Conseguimos ter esse entendimento. O pessoal me recebeu muito bem. O Deive, o Caco e o Adriano estão há muito tempo. Eu cheguei para agregar, com um pouco mais de participação junto ao Mano, que também me deu total liberdade — pontuou.
Questionado a respeito do momento colorado, que convive com a pressão pela falta de títulos, Magrão mostrou confiança no trabalho que vem sendo desenvolvido pelo presidente Alessandro Barcellos.
— Estamos no caminho. Estamos tentando antecipar isso (resultados). Eu sei da ansiedade do torcedor. A gente não ganha nem Gauchão. É importante marcar território aqui. Temos de encurtar esse espaço. O resultado tem de vir. É trabalho. Chegando cedo e saindo tarde. Não só passando a mão na cabeça, mas cobrando. Eu vejo essa incomodação nos jogadores. Eles sabem da importância de um título. Eu vim para ser campeão de novo — afirmou.