Com a contratação de Sergio Rochet pelo Inter, a dupla Gre-Nal soma quatro uruguaios. Há o goleiro e também De Pena no Colorado mais Suárez e Carballo no Grêmio. A curiosidade é que todos os vizinhos do sul vieram do mesmo clube, o Nacional. Rochet e os gremistas, aliás, chegaram a jogar juntos na equipe de Montevidéu. Por isso, são amigos.
Para o goleiro, inclusive, não há problema manter a amizade com os antigos companheiros. Conhecedor de rivalidades, inclusive com o Peñarol, ele deu a receita para que isso não vire um problema:
— Precisamos respeitar o clube e a torcida. Sabendo disso, não tem problema. A amizade é a amizade. No campo, cada um defende seu clube até morrer. Minha mentalidade é essa. Mas temos ótima relação, estamos sempre conversando. Ainda não pudemos nos encontrar, estamos morando longe. Mas gostaria de almoçar junto com eles.
Rochet esteve em campo no domingo passado, diante do Bragantino, quando o Inter quebrou recorde. Pela primeira vez, uma equipe brasileira teve sete estrangeiros juntos em um jogo. Os colorados contaram com Rochet, Bustos, Mercado, Nico Hernández, Aránguiz, De Pena e Valencia.
— Pois é, vi essa notícia. O treinador põe o que pensa ser o melhor para a equipe naquele dia. Nesse caso, foram sete estrangeiros. Mas isso não muda. Para os estrangeiros, é bom vir para o Brasil por ser uma liga competitiva em nível mundial. Muitos sul-americanos optaram por vir para cá em vez da Europa. Isso dá um salto de qualidade na liga e também para a gente.
Segundo ele, ter tantos jogadores de fora não causa maiores prejuízos:
— Talvez o idioma atrapalhe, mas não muito. Porque tentamos falar português e os brasileiros daqui não se importam de falar ou tentar entender espanhol. É tranquilo.