O Inter repete um discurso que já havia sido feito na reta final do Brasileirão: a direção pretende fazer apenas contratações pontuais. Além de focar em negociações de jogadores que já estão aqui, o clube tem encontrado um mercado com menos movimentações e a Copa do Mundo pode ser uma justificativa para este baixo fluxo de transferências.
GZH ouviu de dirigentes colorados que o Mundial no Catar tem sido um fator que "esfria" o mercado de transferências, especialmente o internacional. Os clubes europeus, por exemplo, aguardam o fim do torneio de seleções para avançar em contratações, o que faz com que atletas que possam surgir como opções de negócio ainda não tenham futuro definido.
Outro ponto que a Copa do Mundo altera é o fluxo de empresários presentes no Catar. Como a maioria dos agentes possui vários jogadores representados, é natural que a maioria deles esteja próximo de seus atletas que disputam o Mundial e posterguem outras negociações, que possam avançar após o fim do Mundial.
Um exemplo aplicado aos negócios do Inter é o caso de Igor Gomes, do São Paulo. O meia interessa ao Colorado, mas ainda quer esperar por interessados do futebol europeu. Como o diagnóstico de "mercado frio" não é só do Inter, a tendência é que uma eventual proposta do Velho Continente pelo jogador são-paulino só seja efetivada depois da Copa. Caso a desejada oferta não seja efetivada, há boas chances de o jogador se transferir ao Beira-Rio.
Por isso, o Inter não deve fazer nenhum anúncio até a reapresentação do elenco, marcada para a próxima quarta-feira (14). Ainda assim, na próxima semana o clube já deve ter reuniões para definir as situações contratuais de Edenilson e Taison, que podem deixar o clube, e de Pedro Henrique, que tem propostas mas busca uma valorização salarial. A compra de Wanderson, que já está encaminhada junto ao Krasnodar-RUS, também deve ser finalizada em breve.