Com De Pena à disposição e a exibição criticada de Edenilson na última rodada, está refeito o dilema de Mano Menezes para escalar o Inter que enfrentará o Bragantino, nesta quarta (28), às 21h45min, no Beira-Rio, pela 28ª rodada do Brasileirão. O uruguaio retorna ao time ou permanece o camisa 8 como titular de um meio-campo que ainda não terá Johnny, a serviço da seleção dos Estados Unidos?
As respostas começam na análise do que significa ter cada um deles em campo e o que reflete nos demais setores da equipe. Apesar de, em tese, disputarem a mesma vaga, Edenilson e De Pena têm características diferentes e podem mudar o andamento do time.
Mano Menezes, em entrevista coletiva, explicou o funcionamento do meio-campo. Na visão do técnico, o Inter atua com um volante, um meia mais contido, um meia-armador, um meia-atacante e dois atacantes, um de movimentação, um mais posicionado. Ele chegou a brincar:
— Sempre tivemos um volante e meio.
Depois, completou:
— Edenilson é mais meia que volante. De Pena nunca foi volante na vida.
Gabriel abrirá o setor como um cabeça de área. À frente, haverá Alan Patrick como o meia-armador e Mauricio de meia-atacante. Entre eles, há a definição do quarto integrante. E essa escolha pode ter até dois reflexos.
Um é no posicionamento de Gabriel. Se o companheiro for Edenilson, Gabriel ocupa mais o lado esquerdo, cobrindo Mauricio (ou Pedro Henrique, quem atuar na ponta). Se for De Pena, Gabriel fecha o lado direito, na cobertura do atacante deste lado.
A segunda parte é justamente o posicionamento de Pedro Henrique. Ele já afirmou que não vê problemas em atuar em qualquer um dos lados. Até a partida contra o Atlético-GO, destacava-se por jogar na direita, mas foi pela esquerda que se destacou e inclusive fez um dos gols trazendo a bola para o meio e chutando, como pede a posição.
Se Pedro Henrique atuar pela direita, De Pena pode ser um complemento a Mauricio pela esquerda. Se for pela esquerda, Edenilson é quem ajuda o jovem meia pelo outro lado.
Mano definirá o time no treino desta terça, o último dos nove dias livres que teve para trabalhar a equipe no período sem jogos. Para Alan Patrick, acima da escolha do treinador, destaca-se a fartura de opções do grupo:
— Para uma equipe do topo de tabela, é importante ter essa concorrência dentro do time. São jogadores de qualidade, todos já mostraram isso dentro da competição. É uma disputa sadia, super válida dentro de um equipe e sempre em prol da equipe crescer, fazer o Inter sempre buscar as vitórias.
Vencer o Bragantino e manter a série invicta será fundamental para o Inter na busca tanto pela vaga na próxima Libertadores quanto na perseguição ao Palmeiras. E com o grupo cheio, a missão pode ficar mais acessível.