Convidado do programa Sala de Redação, da Rádio Gaúcha, na tarde desta quinta-feira (30), o presidente do Inter, Alessandro Barcellos, detalhou o planejamento colorado para a temporada de 2022. O dirigente admitiu o foco na conquista do Gauchão, visto como importante até mesmo pelo técnico Alexander Medina, recém-contratado pelo clube.
— Partiu do próprio Medina essa constatação de que temos de ganhar o Gauchão. Isso é bom que o torcedor saiba. Esse é o espírito que precisamos que tenha vida durante todos os dias do ano. É obrigação, sim. Trabalhamos para isso. É início de temporada, mas não podemos entrar neste campeonato não pensando em ganhá-lo. Isso foi envolve de conversas. Será um campeonato curto. Teremos a possibilidade também de observar alguns jovens nas primeiras rodadas. O nosso propósito é levantar a taça — sentenciou.
Barcellos comentou as críticas direcionadas à direção do Inter na demora para o anúncio do novo comandante. A saída de Diego Aguirre foi oficializada no dia 15 de dezembro. O acerto com Medina foi confirmado no último dia 27.
— Você parte para o mercado onde os melhores treinadores estão empregados. Como anunciar um treinador empregado? Eu não consigo entender isso. Contratado o treinador, esse assunto está resolvido. Continuar falando nisso é desprezar o trabalho de muita gente, que ficou 24 horas por dia nestas negociações que são complexas — pontuou.
O mandatário colorado voltar a falar da situação financeira vivida pelo clube. Embora não tenha condições de contratar jogadores por alto valores, o Inter está no mercado, visando dar mais opções para Medina implementar o seu trabalho.
— O torcedor tem que saber que transitamos em um ambiente de dificuldade financeira. Temos de abrir espaços para encaixar e cumprir os nossos compromissos. Isso aumenta as dificuldades, na medida em que não temos um orçamento elástico para fazer as contratações necessárias. Isso não é porque eu quero, mas porque é uma necessidade do clube. Se criou um falso debate sobre ser superavitário. É importante ser superavitário para ter uma melhor gestão dentro de campo. Vamos trabalhar para ter as duas coisas — ressaltou.
Diferentemente do que ocorreu com Miguel Ángel Ramírez, no primeiro semestre de 2021, o Colorado espera também uma maior capacidade de adaptação do novo treinador ao elenco que terá em mãos.
— Saímos de um Brasileirão como vice-campeões. Fizemos uma mudança sem pré-temporada. É evidente que isso teve consequências. Isso tudo muda o ambiente. Tenho certeza que isso irá nos ajudar agora. Nós precisamos entregar mais. Precisamos formatar um grupo que atenda as principais necessidades do treinador, e também ter a capacidade do treinador de se adaptar a esse grupo. Isso foi levado em conta na busca pelo treinador — concluiu.