Após a eliminação do Inter na Libertadores, na noite de quinta-feira (22), em pleno Beira-Rio, para o Olimpia-PAR, as causas são elencadas, aos poucos, por dirigentes, torcedores e imprensa. GZH apresenta cinco possíveis motivos que colaboraram para a queda no principal torneio continental.
Baixa efetividade
Fato que ficou evidente nos últimos jogos, principalmente no Gre-Nal do Campeonato Brasileiro, e diante dos paraguaios. O Colorado empilhou oportunidades criadas, mas não conseguiu converter em gols. O próprio técnico Diego Aguirre admite preocupação.
— O goleiro deles pegou muitas bolas difíceis. Chutamos bola na trave. Não posso falar outra coisa a não ser o que vi no campo. Temos que ter mais tranquilidade e finalizar melhor. Vamos tentar trabalhar bastante isso — disse o treinador após a eliminação.
Comando técnico
Outro entendimento interno é que tantas modificações na casamata, recentemente, podem ter causado um impacto na forma de atuar dos jogadores. Até o final de fevereiro, a filosofia de futebol era a partir dos conceitos de Abel Braga. Entre março e junho, um jogo mais posicional com Miguel Ángel Ramírez. E, depois da saída do espanhol, a chegada de Diego Aguirre para tentar não ser tão drástico entre seus antecessores.
Ausência de Taison no Paraguai
Principal referência técnica da equipe dentro de campo, além da liderança, afinal é o capitão do time, o camisa 10 ficou de fora do confronto de ida. A alegação era de dores no tornozelo direito, ainda sentidas pelo jogador. Porém, dias antes, ele atuou no clássico Gre-Nal na Arena.
Caso Taison estivesse em campo no Paraguai, o resultado do primeiro duelo poderia ter sido de vantagem para o Colorado, por tudo que ele representa aos companheiros.
Tropeços na fase de grupos
O Inter poderia ter feito melhor campanha na fase inicial. Nos seis primeiros jogos, não venceu o boliviano Always Ready e perdeu, na Venezuela, para o Deportivo Táchira. Apesar de ter conquistado duas goleadas no Beira-Rio, terminou como o pior primeiro colocado no geral e teria desvantagens em confrontos diretos, caso avançasse. Além disso, a confiança dos atletas seria outra com uma campanha mais imponente.
Mentalidade
Outro fator criticado, nas recentes eliminações coloradas, é o aspecto psicológico do grupo de jogadores. Em momentos decisivos, para alguns, há impressão que o time não consegue alcançar os objetivos. Logo, entende-se que falta mentalidade vencedora para os atletas.
— Isso tem que perguntar para um psicólogo. Eu não acho. São situações do futebol. Existem fases boas e ruins. Nós jogamos muito bem — argumentou Aguirre.