Após resultados e desempenhos inesperados, o Inter tem trocado de treinadores com frequência nos últimos anos. Sem contar com interinos, como Odair, Osmar Loss ou Clemer, o clube nos últimos 10 anos teve nove alterações com as temporadas em curso. Nem sempre a resposta é obtida com a mudança na comissão técnica. GZH fez um levantamento sobre o rendimento de cada profissional que foi contratado nestas circunstâncias.
Falcão (2011)
Considerado um dos maiores ídolos colorados como jogador, Paulo Roberto Falcão foi contratado para substituir Celso Roth ainda em 2011. No Estadual, após um susto ao perder no Beira-Rio o primeiro jogo para o Grêmio, o time conseguiu o título no Olímpico. Porém, na Libertadores, caiu precocemente para o Peñarol de Diego Aguirre.
Foram 19 partidas, no total, com oito vitórias, cinco empates e seis derrotas. O aproveitamento de Falcão na ocasião foi de 50,87%.
Dorival Júnior
Contratado em agosto de 2011, após a breve passagem de Falcão e Osmar Loss como interino, Dorival Júnior treinou a equipe até meados de 2012. Obteve o título estadual e levou a equipe a Libertadores, mas foi eliminado para o Fluminense. Foram 63 partidas, com 33 vitórias, 12 derrotas, 18 empates e 61,9% de aproveitamento.
Argel Fucks
Contratado após a goleada por 5 a 0 para o Grêmio, em 2015, Argel por pouco não levou o clube à Libertadores de 2016. Porém, obteve o título regional na temporada seguinte. No Campeonato Brasileiro, o desempenho e rendimento despencaram e não o sustentaram no cargo. Saiu no primeiro turno no ano da queda com 61% de aproveitamento.
Falcão (2016)
A terceira passagem do ídolo pela casamata do Beira-Rio foi a mais curta: cinco jogos. Sem nenhuma vitória, somou apenas 13% de aproveitamento. Tinha como missão mudar a forma do time de jogar ao suceder o reativo Argel Fucks, mas mal teve 30 dias na função.
Celso Roth
Sucessor de Falcão, o campeão da América em 2010 tinha como missão afastar o clube do rebaixamento. Não conseguiu. Em 22 partidas, somando Brasileirão e Copa do Brasil, foram seis vitórias, seis empates e 10 derrotas. Os números colaboraram para a inédita queda à segunda divisão do futebol nacional.
Lisca
O treinador que menos tempo ficou na casamata colorada da lista. Foram apenas três duelos com uma vitória, um empate e uma derrota. Os 24 dias de trabalho do treinador não conseguiram evitar o rebaixamento à Série B do Brasileirão. Porém, o trabalho foi elogiado e internamente entende-se que ele com mais partidas poderia ter salvado a equipe.
Guto Ferreira
Com a missão de conduzir o Colorado à elite do futebol brasileiro, Guto praticamente encaminhou o retorno. Pegou a vaga que estava livre após a demissão de Antônio Carlos Zago e conseguiu sempre brigar pelas primeiras posições da segunda divisão. Porém, o rendimento nunca encantou os torcedores e dirigentes. Por isso, na antepenúltima rodada acabou demitido. O aproveitamento foi de 58,5% em 33 confrontos.
Zé Ricardo
Substituto de Odair Hellmann, o treinador ex-Flamengo, Botafogo, Vasco e Fortaleza, tinha um objetivo: obter a classificação na Libertadores 2020. Zé Ricardo obteve quatro vitórias, três empates e três derrotas. O aproveitamento foi de 45,4% e conseguiu dar vaga na fase preliminar da competição continental. Ele foi o profissional de espera enquanto Eduardo Coudet terminava o trabalho no Racing-ARG.
Abel Braga
A sétima passagem do técnico campeão mundial pelo Inter teve o vice-campeonato nacional, mas também as eliminações na Copa do Brasil e Libertadores. Em 18 partidas, 12 vitórias foram conquistadas, além de dois empates e quatro derrotas. O aproveitamento geral foi de 70,3%.