Sem contar com a presença do técnico Abel Braga, diagnosticado com coronavírus, o Inter treinou nesta sexta-feira (20) visando o jogo contra o Fluminense, no domingo (22), pelo Brasileirão. Figura importante do elenco colorado, Edenilson falou sobre a eliminação na Copa do Brasil e projetou o restante da temporada.
— Ficamos tristes pela eliminação. Sabíamos que a Copa do Brasil era uma chance real de título. Almejávamos disputar a final outra vez, mas temos outras duas competições pela frente. O futebol dá isso, de dois em três dias já poder dar a volta por cima. É o que vamos tentar no domingo. Não estamos brigando ali na parte de cima à toa — afirmou.
O volante foi questionado também sobre a saída de Eduardo Coudet. O treinador argentino pediu demissão do clube gaúcho e, posteriormente, acertou com o Celta de Vigo, da Espanha. Para Edenilson, a situação foi atípica e causou surpresa nos atletas.
— A gente sabe que, principalmente aqui no Brasil, ocorrem muitas mudanças de treinador. Temos que estar sempre preparados para esse tipo de acontecimento. Foi uma situação atípica, de o treinador sair. Estamos nos preparando bem. Tivemos alguns dias para treinar, o que foi importante, e conseguimos mostrar contra o América-MG um pouco que do que ele (Abel) quer. A saída do Coudet pegou a gente de surpresa, sim, mas temos de nos adaptar às mudanças — destacou.
Edenilson também refletiu sobre a morte de João Alberto Silveira Freitas, homem negro de 40 anos que foi brutalmente espancado por seguranças do supermercado Carrefour, no bairro Passo D'Areia, zona norte de Porto Alegre, na noite de quinta-feira (19). O jogador ressaltou a importância da conscientização racial.
— É uma coisa que temos que mudar na nossa educação. Lógico que não vai ser da noite para o dia que isso vai acontecer. Eu como pai tenho que pensar no futuro do meu filho. Não quero que ele passe por situações que ocorrem hoje. Temos que tentar mudar o quanto antes para deixar um legado. É uma questão de educação desde quem vem de cima, de quem governa o nosso país. É uma coisa que temos de deixar um legado para que não aconteça mais — concluiu.