Após a derrota no Gre-Nal, o Inter voltou aos trabalhos na tarde desta quinta-feira (24) cercado de dúvidas quanto à sequência da temporada. O técnico Eduardo Coudet começa a ser pressionado por não ter ganho do rival em cinco confrontos e a direção tenta evitar que o clima político ingresse no ambiente do vestiário.
Enquanto os jogadores treinavam no CT do Parque Gigante, o vice de futebol Alessandro Barcellos concedia uma entrevista coletiva virtual e tentava afastar boatos de que poderia pedir afastamento por ser pré-candidato à sucessão de Marcelo Medeiros.
– Meu compromisso é com o Inter. A relação é das melhores com o presidente. Ele esteve conosco até o fim. Segue muito forte o trabalho junto ao futebol. A decisão deste ou qualquer outro cargo é do Conselho de Gestão. Estamos aqui para este momento, mas não há prazo de validade – afirmou.
Nos bastidores, o processo eleitoral já deflagrado é visto como prejudicial ao momento. "Política misturada com futebol nunca deu certo" disse um dirigente ouvido pela reportagem de GZH durante a tarde desta quinta.
Sábado (26), o Inter volta a campo para enfrentar o São Paulo, no Beira-Rio, pelo Brasileirão. Para esta partida, Coudet contará com as voltas de Moisés e Edenilson, suspensos na Libertadores, e poderá ter Patrick, que sentiu problema muscular e ficou apenas no banco de reservas contra o Grêmio.
O duelo contra os paulistas é decisivo por vários aspectos. Com 20 pontos, o Inter é o vice-líder e precisa vencer para ao menos seguir nesta posição e afastar o mau momento, já que nas duas rodadas anteriores perdeu para Goiás e Fortaleza. E a derrota para um concorrente direto na tabela, além de aumentar as cobranças poderá gerar uma crise com fortes consequências internas.
Um provável time tem: Marcelo Lomba; Saravia, Zé Gabriel, Victor Cuesta e Moisés; Musto, Edenilson, Patrick e Boschilia; Thiago Galhardo e Abel Hernández. O grupo de jogadores volta a treinar nesta sexta, às 15h30min.
