A nova rotina imposta pela pandemia do coronavírus obrigou todos os torcedores a acompanharem os times do coração de uma forma diferente, de casa. Não será diferente para os familiares de jogadores da Dupla, que assistirão do sofá da sala ao Gre-Nal 426, a partir das 21h30min desta quarta-feira (5) , na Arena.
GaúchaZH conversou com os pais do zagueiro Bruno Fuchs, do Inter, para contarem como acompanharão o clássico desta noite. Ainda que à distância, eles vão assistir, torcer, vibrar e mandar boas energias para os jogadores dentro de campo, assim como todos os outros torcedores. Cada um de sua casa, ligado na RBS TV, na Rádio Gaúcha e em GaúchaZH.
Torcida por uma vitória inédita para Fuchs
O sofá do apartamento onde vive a família do zagueiro Bruno Fuchs, em Porto Alegre, será a arquibancada para o Gre-Nal desta noite. Sem a possibilidade de acompanharem mais de perto o jogador, que deverá ser titular do Inter no clássico, transformarão a sala de estar em um pequeno estádio, com direito a comemorações, gritos, xingamentos e tudo aquilo que fariam caso pudessem ir ao jogo.
— O Cristiano (pai de Bruno) fica quieto vendo o jogo, mas eu fico gritando, me mexendo, aplaudindo. Muito nervosa sempre — conta Lindamir, mãe do zagueiro colorado.
— Ela ouve o jogo no rádio, assiste na televisão e ainda fica olhando o que as pessoas estão falando no Twitter — diz o marido.
A família já se acostumou com a tensão e com a rotina de assistir aos jogos de Bruno. Natural de Ponta Grossa, no Paraná, o zagueiro chegou a Porto Alegre com 10 anos. Junto com ele, vieram a mãe e a irmã Amanda, à época de colo, e hoje com 11 anos. O pai até hoje mora na cidade paranaense, mas sempre que possível vem ficar com a família.
Em meio à pandemia, está no Rio Grande do Sul e assistirá ao clássico em casa, com a esposa e a filha. Claro, na torcida para que o Inter vença e, de preferência, com gol do filhão.
— Não quero nada de mais, algo bem simples, só 3 a 0 para o Inter com gol de cabeça do Bruno. Torcer para zagueiro é difícil, porque ele não pode errar nada, precisa ser perfeito para não ser crucificado depois. É muita responsabilidade, mas a gente confia muito nele — garante Cristiano, 49 anos, que é representante comercial.
Para o pré-jogo, a família prevê um churrasco que diminua a ansiedade dos momentos que antecedem o clássico. Depois, é concentração total em cada detalhe da partida. No máximo, um balde de pipocas no intervalo.
Assim como o técnico Eduardo Coudet, que se disse incomodado com a sequência de oito jogos sem vencer o rival, a família de Bruno Fuchs também se diz perturbada pela invencibilidade adversária. E isso tem incomodado Bruno também, que está confiante que, enfim, conquistará a primeira vitória sobre o Grêmio como profissional da equipe colorada.
— Isso está incomodando o time todo, todos sofrem com isso. Ele tem falado que tem que ganhar, que vão ganhar. Com certeza incomoda todo mundo, jogadores, o Coudet, as famílias, e a gente está na torcida e com esperança de ganhar — fala, esperançosa, Lindamir.
Assim será a noite de Gre-Nal para a família Fuchs: com um misto de nervosismo e esperança no sofá da sala, à espera de uma vitória que não vem desde setembro de 2018, quando Bruno ainda nem era profissional do Inter.
Recado do pai para o filho:
"Filhão, contamos contigo para essa vitória. Sabemos da tua capacidade e temos a certeza de que tu vais orgulhar a torcida colorada. E com esperança do teu gol de cabeça"
Cristiano Fuchs, pai de Bruno