Em conversa com o jornalista Jorge Nicola, da ESPN, o presidente do Inter Marcelo Medeiros admitiu ter se arrependido da demissão do técnico Odair Hellmann. O treinador foi desligado do clube após tropeço diante do CSA, pelo Brasileirão, em outubro do ano passado. Após a saída de Odair, Ricardo Colbachini (como interino) e Zé Ricardo comandaram o time na reta final da temporada.
— Não demitiria o Odair naquele momento — afirmou Medeiros ao ser perguntado o que faria de diferente como mandatário do clube caso pudesse voltar no tempo.
A entrevista foi feita para o canal de Nicola no YouTube. Entre os assuntos, o dirigente falou também sobre as renovações de D'Alessandro e de Rodrigo Dourado. Sobre o jovem volante, longe dos gramados desde julho do último ano, com lesão no joelho, Medeiros aposta na boa relação entre as partes para a permanência.
— O Rodrigo é a cara do Inter. Formado no clube. Jogou todas as categorias de base, atleta olímpico. Era o capitão do time. Tem identidade muito grande com o nosso clube e um respeito muito maior da nossa diretoria — avaliou.
O caso de D'Alessandro, no entanto, parece depender muito mais do jogador do que do clube. Para Medeiros, que termina seu mandato ao final de 2020, a permanência do camisa 10 no Estádio Beira-Rio passará pela sua decisão de seguir ou não a carreira como jogador. Em abril do ano que vem, o argentino completará 40 anos.
— Esta é uma pergunta (se D'Alessandro segue no Inter) que tem que ser feita ao futuro presidente do Inter. Estarei sempre apoiando o gringo, se ele quiser tomar uma decisão em um sentido ou no outro. Mas esta é uma pergunta que deverá ser feita aos próximos candidatos à presidência — afirmou.
Outro jogador que tem a admiração de Medeiros é D’Alessandro. Para ele, o meia pode ser considerado o maior jogador da história do clube. Porém,, o presidente evita antecipar um processo de renovação pela decisão do argentino em continuar a carreira em 2021 e se terminará no Beira-Rio.
Sobre a necessidade de vender jogadores para aliviar a crise financeira gerada pela pandemia de coronavírus, Medeiros foi direto:
— Se vier um negócio que for bom pra todos, nós não vamos pensar duas vezes.