Ainda que publicamente a direção do Inter alegue não ter perfil ou um nome em vista, a procura por treinador é incessante. E Roger Machado é o preferido. Tem contrato com o Bahia até o final de 2020 e multa rescisória a ser paga ao clube.
O sucesso na empreitada, porém, pode demorar um pouco. Afinal, os planos A e B do Inter estão empregados. Caso não consiga tirar Roger Machado do Bahia, nem Tiago Nunes do Athletico-PR já para o restante da temporada, a tendência é apelar para um comandante com mandato-tampão. Neste caso, o carioca Zé Ricardo, treinador que está sem clube e homem da confiança do diretor-executivo Rodrigo Caetano, mais Lisca, que sempre contou com admiração no clube e que assumiu a equipe nas três últimas rodadas antes do descenso, surgem como alternativas a serem consideradas no momento.
O Inter tem convicção em Roger Machado. Chegou a pensar no técnico após a demissão de Guto Ferreira e já durante o interinato de Odair, ao final da Série B, em 2017. Foi ele quem fez a base do atual Grêmio de Renato Portaluppi, mas, à época, ainda lhe faltava experiência de vestiário — como comandante de elenco, não como jogador. E, no entender de dirigentes do Inter, essa bagagem foi adquirida em suas passagens por Atlético-MG e Palmeiras.
O plano idealizado para a temporada 2020 é que a próxima comissão técnica comece, enfim, a necessária e já atrasada mudança no elenco. Veteranos perderão espaço, reforços serão contratados, e jovens das categorias de base receberão maiores oportunidades.
Com Odair Hellmann, os clubes da Série A já montaram dois times inteiros de treinadores demitidos em 2019. O ex-técnico colorado estava perto de cumprir dois anos de vestiário no Beira-Rio, mas as repetidas fracas atuações e a falta de títulos levaram a sua queda.