Após a demissão de Odair Hellmann, o Inter precisará buscar um novo treinador. Segundo o presidente Marcelo Medeiros, ainda não está definido o perfil do profissional, nem se ele comandará a equipe até o final do Brasileirão ou permanecerá para 2020.
Além de nomes que estão livres no mercado, como Zé Ricardo, Jair Ventura, Lisca ou Dorival Júnior, existem outros nomes que podem ser cogitados pensando no futuro, porém estão empregados. GaúchaZH relata a situação contratual de quatro treinadores que se encaixam neste perfil.
Tiago Nunes: Athletico-PR (dezembro de 2019)
Depois de conquistar a Copa Sul-Americana de 2018 como interino do Athletico-PR, o gaúcho de Santa Maria foi efetivado no cargo em janeiro deste ano, além de ter um aumento salarial. Abriu a temporada recebendo em torno de R$ 120 mil mensais. Porém, no meio do ano, quando foi assediado pelo Atlético-MG, recebeu valorização salarial. Assim, quando conquistou a Copa do Brasil no Beira-Rio, recebia R$ 250 mil.
Apesar do sucesso obtido no Paraná, uma situação pode pesar para que Tiago Nunes deixe a Arena da Baixada: a relação conturbada com o ex-zagueiro Paulo André, que atualmente ocupa o cargo de diretor de futebol.
— A renovação para 2020 está encaminhada. Só não foi assinada porque Petraglia ainda está hospitalizado (presidente do Conselho Deliberativo passou por cirurgia no intestino). Mas sabe como é o futebol... Não aposto em saída imediata, mas em dezembro, se não tiver assinado ainda com o Athletico, não vai ser tão surpreendente — comenta o repórter Daniel Piva, da Rádio Transamérica, de Curitiba.
Roger Machado: Bahia (dezembro de 2020)
Contratado em abril deste ano pelo Bahia, o ex-lateral do Grêmio assinou um vínculo que se estende até o final de 2020. Conforme informações apuradas por GaúchaZH, o treinador recebe em torno de R$ 200 mil e, para deixar o clube nordestino antes do prazo final, existe uma multa rescisória de quatro salários — cerca de R$ 800 mil.
— Tirar o Roger do Bahia não será uma missão fácil. Além de ter prestígio gigantesco com torcida, imprensa e diretoria, defendendo as causas do clube fora das quatro linhas, a relação dele com o presidente é muito boa — avalia Pedro Sento Sé, comentarista da Rádio Sociedade, de Salvador.
Vanderlei Luxemburgo: Vasco (dezembro de 2019)
Quando chegou a São Januário, em maio, o time carioca era o lanterna do Brasileirão. Cinco meses depois, protagonizou uma campanha de reação, deixando a zona de rebaixamento. É, inclusive, o nome pedido pelo comentarista da Rádio Gaúcha, Adroaldo Guerra Filho. De fato, o contrato dele com o Vasco não é longo (vai até o fim desta temporada), contudo, o próprio treinador já admitiu vontade de permanecer após o término do Brasileirão.
— Estou aqui até o fim do ano e pretendo ficar no ano que vem, porque aí sim posso brigar por alguma coisa. Brigar para não cair é duro — declarou Luxemburgo entrevista coletiva recentemente.
Abel Braga: Cruzeiro (dezembro de 2020)
Campeão da América e do mundo com o Inter em 2006, Abel é um nome sempre citado no Beira-Rio. Com boa relação com os atuais dirigentes, seria uma opção natural. O problema é que acabou de assumir o comando do Cruzeiro. Como não costuma romper seus contratos, pode ser considerado carta fora do baralho. Além disso, o vínculo com o clube mineiro vai até o final do ano que vem.