Apesar de estarem de lados opostos na disputa da taça da Copa do Brasil nesta quarta-feira (18), membros de torcidas organizadas de Inter e Athletico-PR confraternizaram antes da bola rolar no Beira-Rio. Assim como já havia ocorrido antes dos últimos jogos decisivos em Porto Alegre com flamenguistas e cruzeirenses, um grupo de colorados preparou até churrasco para recepcionar os paranaenses.
— A Guarda Popular e a Fanáticos são torcidas aliadas. Eles sempre nos recebem da mesma forma lá (em Curitiba). Já somos amigos, um frequenta a casa do outro — revela Diego Bittencourt, um dos líderes da Guarda Popular.
O próprio Bittencourt, no entanto, admite que a relação dos atleticanos com a Camisa 12 (outra torcida organizada do clube) não é amistosa e, portanto, alegando questões de segurança, o local escolhido como ponto de concentração para a torcida visitante foi o Largo Zumbi dos Palmares, na Cidade Baixa. Inclusive, duas viaturas da Brigada Militar (BM) acompanhavam de perto o encontro, que reúne quase uma dezena de ônibus vindos do Paraná.
— Queríamos receber eles em outro lugar, mas a BM e o Ministério Público não deixaram. Então, estamos aqui desde cedo para cuidar deles também — explica Bittencourt.
Apesar da hospitalidade, os paranaenses não querem deixar o titulo no Rio Grande do Sul e esperam que o Athletico-PR segure a vantagem construída no primeiro jogo.
— Que seja um bom jogo dentro de campo, com a festa das duas torcidas, mas que a taça vá para Curitiba. Um empate já está bom. Não podemos perder — brinca o vice-presidente da Fanáticos, Luciano Machado, conhecido como Sapo.
Os primeiros ônibus do Paraná começaram a chegar na capital gaúcha por volta do meio-dia. Ao todo, são aguardados 2,3 mil atleticanos, ocupando a capacidade máxima do setor visitante no estádio à noite.
