A nova derrota do Inter para o Palmeiras, outra vez por 1 a 0, mas agora pela Copa do Brasil, parecia uma repetição da partida de maio, pelo Brasileirão: jogo truncado, com um adversário pragmático, marcando gol a partir de um escanteio. E também com a equipe de Odair Hellmann chutando muito pouco ao gol. Agora, resta ao Inter virar o mata-mata no Beira-Rio.
Após a partida, os jogadores lamentaram a derrota, mas mantiveram a esperança de uma virada em Porto Alegre.
— Parecia um replay daquele jogo (pelo Campeonato Brasileiro), com um gol de cabeça. O placar mostra que a gente está vivo ainda, mas não tem como não sair daqui um pouco frustrado. Foi um jogo equilibrado, o Palmeiras chegou em bola parada ou em contra-ataque, não nos colocou para trás. Estamos bem vivos para o jogo da volta — disse Uendel.
— Eles são um time malandro, nunca vão jogar bonito. Foi um jogo igual. Se estivéssemos um pouquinho melhor, tínhamos saído com outro resultado. Mas, agora, é lá em casa, e é tudo com a gente — acrescentou Sobis.
Já Paolo Guerrero, visivelmente desgastado pelo esforço na Copa América, reclamou da arbitragem:
— É complicado de jogar com o árbitro marcando tudo para eles e nada para nós. Aqui é difícil jogar, a gente joga contra um a mais. É sacanagem. Jogar assim é f...
Para Odair Hellmann, restaram as justificativas de mais um revés diante do Palmeiras.
— O Patrick não jogou na articulação, trabalhou pelo lado do corredor. Edenilson e Nonato tinham essa responsabilidade. O gol foi de um rebote de escanteio. É uma característica importante a bola parada — começou se explicando o treinador do Inter. — No segundo tempo, eles tiveram algumas tentativas de contra-ataque, e nós tivemos um pouco mais de posse, mas não conseguimos infiltrar. Mas está em aberto. No Beira-Rio, vai ser uma junção de time e torcida. O Palmeiras é uma equipe muito forte. O adversário impõe dificuldades, não só a nós. A gente veio aqui pra buscar a vitória. Não conseguimos. Mas dentro desse jogo de 180 minutos, está tudo em aberto - completou.
O treinador ainda explicou as substituições para tentar o empate:
- (Em comparação com a outra derrota para o Palmeiras, pelo Brasileirão) Nós precisávamos ser mais contundentes, precisávamos evoluir nesse aspecto. O gol foi muito próximo, também em uma situação de bola parada. É um time forte, alto. O gol é de uma segunda bola, de um rebote. A gente evoluiu nesse aspecto, criamos algumas situações, chutamos algumas bolas. Assim como eles, que criaram algumas chances. Dentro da casa deles, nós tentamos criar. Infelizmente, tomamos o gol. Mas o que importa é olhar pra frente. Quarta-feira, dentro do Beira-Rio, time e torcida vão jogar juntos.
O vice de futebol Roberto Melo, protestou contra torcedores do Palmeiras, que estavam no camarote vizinho ao da direção do Inter, e que hostilizaram os colorados.
— Chegaram a nos ameaçar de morte. Foi lamentável o tratamento que recebemos no camarote do Palmeiras. Fomos xingados e ameaçados. O presidente Marcelo (Medeiros) foi ameaçado de morte. Relatamos isso à presidência do Palmeiras — denunciou Melo.