O Inter anunciou nesta sexta-feira (28) a criação da Diretoria de Inclusão Social, núcleo ligado à vice-presidência de relacionamento social. O objetivo é agir em prol de minorias, idealizando ações e fiscalizando qualquer tipo de preconceito, tais como homofobia, racismo e xenofobia.
Em comunicado, o clube afirma que a medida vai ao encontro da decisão do Superior Tribunal Federal (STF), que, recentemente, enquadrou a homofobia no mesmo tipo penal que criminaliza o racismo. Além disso, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) determinou que clubes poderão ser punidos por atitudes homofóbicas.
— Até hoje o clube foi reativo, colocou anúncios, agora é criar ações. Como estamos começando do zero, temos ideias e vamos ouvir todo mundo para realmente fazer alguma coisa mais efetiva. Queremos conversar com todos — disse Norberto Guimarães, vice-presidente de relacionamento social, afirmando que a Diretoria de Inclusão Social deve agir de forma contundente a partir da primeira quinzena do mês de julho.
De acordo com Guimarães, o clube irá se reunir com as torcidas organizadas na próxima semana. Será abordada a questão dos cânticos, que, por vezes, incluem expressões de tom homofóbico. Ainda segundo ele, a ideia da reunião partiu das próprias organizadas.
Na madrugada desta sexta-feira, o Inter iluminou o Estádio Beira-Rio com as cores da bandeira LGBT+, em alusão ao Dia Internacional do Orgulho LGBT. Nas redes sociais, o clube publicou fotos com a frase: "Não somos o Clube do Povo por acaso".