Enquanto tropeça nas próprias pernas tentando ao menos garantir a vaga direta à fase de grupos da Libertadores, o Inter pode olhar para trás e ver tudo o que desperdiçou nessa temporada. A começar por um fator que todos buscam no futebol atual: a recuperação física através do descanso e de um calendário mais suave.
Pois nem isso serviu de vantagem para os colorados. A derrota para o Atlético-MG fez o Inter patinar uma vez mais, cair para a terceira colocação no Campeonato Brasileiro, e ver ameaçada a sua vaga direta à fase de grupos da Libertadores.
Se faltaram jogadores no Beira-Rio, o Inter teve a seu lado o descanso, a recuperação física. Em 2018, o time de Odair Hellmann disputou 55 jogos. A equipe de Renato Portaluppi fez 71 partidas. A de Felipão, 72. O Flamengo jogou 65 vezes.
Isso significa que o Inter teve uma vantagem de pelo menos dois meses de repouso comparado ao calendário de Grêmio e de Palmeiras. São 16 jogos a menos do que o rival gaúcho, e 17 a menos do que os paulistas.
Enquanto isso, em campo, a equipe precisa fazer um esforço extra a cada jogo, depois de começar as partidas em ritmo lento e ser obrigado a ligar o turbo para tentar empatar ou virar. Mesmo assim, em alguns casos acabou perdendo, como ocorreu nesse returno diante de Chapecoense, Sport, São Paulo, Santos, Vitória, Atlético-PR e Atlético-MG.
O Inter desperdiçou uma grande chance no Brasileirão 2018.
Os número de jogos de algumas equipes em 2018:
- Palmeiras - 72 jogos
- Grêmio - 71 jogos
- Cruzeiro e Corinthians - 70 jogos
- Atlético-PR - 69 jogos
- Flamengo - 65 jogos
- Vasco e Santos - 64 jogos
- Atlético-MG e Fluminense - 62 jogos
- Botafogo - 60 jogos
- Inter - 55 jogos