O Inter recebe o Santos na próxima segunda-feira (22) em partida válida pelo fechamento da 30ª rodada do Brasileirão 2018. Na cola do líder Palmeiras, os colorados visam manter o bom desempenho jogando dentro de casa. Para esta partida, Rodrigo Moledo retornará ao miolo da zaga e Odair Hellmann não confirma, mas poderá colocar um time mais próximo do ideal. E o Santos, como virá jogar em Porto Alegre?
— A gente trabalha para todas as situações. Nos jogos que vi, o Santos não ficou muito atrás não. Eles defendem em bloco baixo e eles têm por natureza dos seus meias e atacantes uma vocação ofensiva. Não sei qual a estratégia que o Cuca vai utilizar, mas nós trabalhamos com todos os aspectos. Seja marcação alta, pressão na saída, se vão nos pressionar mais, etc. São situações diferentes para o que o adversário vai nos impor. Eles têm variado o sistema de jogo também dentro do próprio jogo com os mesmos jogadores. O Rodrygo está voltando da seleção sub-20 e eles têm esta variação com o Carlos Sánchez também. Nós enfrentamos eles na Vila em um momento mais irregular e hoje eles estão em ascendência. É um jogão, um jogo grande, difícil e que nós temos que manter o nosso padrão para conseguir a vitória — projetou.
Quando a bola rolar no Beira-Rio, o técnico colorado verá um velho comandado que está dando o que falar no Brasileirão: Gabigol. O atacante é o artilheiro do torneio, com 14 gols, e trabalhou ao lado de Odair na conquista do inédito ouro dos Jogos Olímpicos, em 2016.
— Sobre o Gabriel, eu tive o prazer de trabalhar com ele. É um atacante perigoso, de qualidade, de boa definição. Ele está jogando por dentro, como um falso nove, não é um cara de pivô. Ele traz dificuldade para o adversário. Ele sai da zona de marcação e vem jogar nas entrelinhas, ele gera perigos. De vez em quando, cai para os lados do campo também, com liberdade de movimentação. É um jogador perigoso e nós estamos muito atentos a isto — avaliou.
Além de analisar o adversário, o comandante tratou de elogiar o seu grupo, dando como exemplo dois atletas: Leandro Damião e Rodrigo Dourado. Os dois vêm jogando no sacrifício, em prol da briga pelo título nacional e Odair tratou de destacar não só na dupla, já que isto já ocorreu em outras oportunidades, não exemplificadas pelo mesmo.
— Quero fazer um elogio ao grupo de jogadores. Hoje é o Rodrigo, o Damião... mas outros jogadores em outros momentos também tiveram dificuldades. Na maioria dos jogos, o atleta atua com dor. Mas são dores suportáveis, que são controladas, que são trabalhadas pelo departamento médico e fisioterapia. Algumas são piores, com situações mais complicadas, como no caso do Rodrigo e do Damião. Quero ressaltar esta força. Na última coletiva, quando me perguntaram a respeito do Rodrigo, eu disse: "Guerreiro". Ele e o grupo todo. Todo mundo quer estar em campo e à disposição, pagando um preço que tem que pagar para estar em campo. Isto me dá muita alegria e satisfação. Em outros momentos a gente sabe que depende muito do individual do jogador, a capacidade de suplantar a dor. Os caras aqui estão passando por cima de tudo isso para estar em campo e conseguir fazer a campanha que estamos construindo. É um grupo que está se entregando totalmente neste sentido, isto faz a diferença — exaltou.