O ex-jogador do Inter Maurides teve a prisão decretada nesta segunda-feira pela Vara de Família do Foro Regional da Tristeza, na Capital. Reforço do Belenenses, de Portugal, desde a temporada passada, quando foi vendido pela direção colorada, o atacante está em débito quanto ao pagamento de pensão alimentícia. Em 2017, o jogador teve o passaporte bloqueado e foi impedido de sair do Brasil até que fizesse o depósito de parte do valor.
Há registros de processo contra Maurides no Tribunal de Justiça desde 2013, quando ainda jogava no Inter, e a filha, hoje com quatro anos, havia recém nascido. O problema começou quando o atacante foi emprestado ao Atlético-GO e não fez mais os pagamentos de pensão corretamente.
A transferência para o futebol português aconteceu ainda em 2016, quando defendeu o Arouca. Com seu contrato no fim com o Inter, a direção colorada o vendeu para o Belenenses, mesmo time do ex-goleiro colorado Muriel. Em 2017, Maurides voltou a ter problemas com a justiça por falta de pagamento de pensão. Em uma das vindas ao Brasil, foram feitas três tentativas de intimação – foi encontrado apenas uma vez –. O atacante só foi liberado a sair do Brasil depois do pagamento integral do débito.
O documento que decreta a prisão de Maurides diz, inclusive, o local que deve ser cumprida a pena. Mas não foi divulgado pelo caso ser tratado em segredo de justiça.
A reportagem entrou em contato com o advogado do jogador, Leonel Falcão. Segundo Falcão, Maurides não foi citado pessoalmente para o pagamento da dívida, o que, segundo o advogado, é o ato processual adequado. A defesa do jogador afirma ainda que entrou com um recurso no Tribunal de Justiça.
O advogado que representa a parte autora, Thiago Almeida, esclarece que não pode dar informações específicas sobre o processo, uma vez que tramita em segredo de justiça. Informou que a prisão civil é uma medida que tem por finalidade obrigar o devedor de alimentos, de forma coercitiva, a satisfazer a obrigação alimentar. Disse ainda que está ciente da interposição de recurso, o qual aguarda resposta e será julgado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande de Sul.