Os problemas do Inter vão além do técnico. Quem chegar, entenda-se Guto Ferreira, assumirá o melhor e mais caro grupo da Série B.
Mas também encontrará no vestiário um elenco com jogadores que ainda estão se conhecendo e um time em formação. Antônio Carlos Zago tinha o respaldo da direção justamente por ela reconhecer que a cirurgia foi tão profunda que levará tempo até a equipe ganhar uma identidade. Só que ele errou tanto nos dois últimos jogos que sua estabilidade se esvaiu.
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O novo técnico assumirá um grupo desequilibrado. Faltam alternativas para promover mudanças nas forma de jogar da equipe. Falta um reserva, ou dois, para D'Alessandro, nitidamente um jogador que terá de ser usado em drágeas nesta temporada de longas viagens e jogos de marcação mais dura e pegada. Falta ainda um lateral-direito para o lugar de William e, pelo menos, mais dois zagueiros.
Apesar de todo o esforço da direção – e deve-se reconhecer o trabalho bem feito, com contratações qualificadas –, esse processo de reformulação ainda está em curso. O Inter montou um bom grupo, mas até fazer com ele um bom time levará algumas semanas. O novo técnico chegará com a missão de encurtar esse tempo. E carregará a expectativa da torcida de uma reversão rápida dessa onda negativa que tomou conta do Beira-Rio neste mês de maio.