Argel tem opções para escalar pelo menos quatro sistemas diferentes do meio para a frente do Inter contra o Atlético-MG na quinta-feira. Com os retornos de Anderson, Anselmo, Rodrigo Dourado e Sasha, é possível montar um time mais aberto ou mais fechado e mudá-lo de acordo com a necessidade que apresentar a partida das 19h30min no Beira-Rio. A única ausência do setor é Fernando Bob, suspenso pelo terceiro cartão amarelo.
A lógica indica um time com dois volantes – possivelmente Rodrigo Dourado e Fabinho – e uma linha de três meias, adiantando eventualmente um deles para jogar ao lado do atacante. É assim que o Inter acostumou-se a jogar e fez bons enfrentamentos contra Santos e Atlético-PR.
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– Me parece a saída mais lógica, mais equilibrada. Recua os dois primeiros, centraliza o Alex, abre Sasha e Ferrareis nas alas e desloca o Vitinho para a frente. Esta forma dá mobilidade à frente e garante rápida recomposição em caso de perda de bola – analisa o comentarista Gustavo Fogaça, do blog Esquemão, da Rádio Gaúcha.
Isso dependerá do que o time mineiro tenderá a apresentar no Beira-Rio.
– Esperamos o Atlético-MG um pouco mais fechado. Eles perderam o clássico e isso mexe – comentou o atacante Aylon, autor de dois gols contra o América-MG, em entrevista coletiva ontem.
Neste caso de encarar um adversário mais recuado, há mais uma hipótese, também já usada por Argel. É o 4-4-2 em losango, com um dos volantes mais fixo em frente aos zagueiros, atrás de dois meias abertos. Em 2015 – e em alguns jogos de 2016 –, Dourado era quem fazia a função lateral, quase na mesma linha de Anderson. Sem Fernando Bob, Dourado pode voltar à primeira função, liberando Fabinho para o lado do campo.
Se o Atlético-MG optar por um time mais ofensivo, há outra possibilidade, já testada – e, em parte, aprovada. Contra o São Paulo, no Morumbi, Argel escalou um tripé de volantes (na ocasião, Anselmo, Fernando Bob e Fabinho), e venceu. Repetiu contra o Sport, sem sucesso. Este pode ser um contraveneno importante na opinião do técnico China Balbino, que enfrentou três vezes o Inter nesta temporada:
– O Gauchão mostrou que Argel montou um time forte e bem encaixado. Tem um modelo de jogo, que envolve marcação forte, recomposição e força nas laterais. As peças que entram se adaptam a essa movimentação. Tem boas partidas com três volantes e com dois. É uma equipe confiante.
Outra alternativa é adiantar Eduardo Sasha (ou Aylon) e colocá-lo ao lado de Vitinho. Desta forma, o Inter teria dois volantes, dois meias e dois atacantes, o que não seria novidade – ao longo das partidas, é comum ver este tipo de posicionamento dos jogadores de Argel.
– É importante lembrarmos que são jogadores voltando de um tempo parado. Então precisa ser analisado o contexto, por isso talvez o Argel já não escale todos de início. Ele sabe como está o vestiário, tem o dia a dia – reforça China.
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