O Brasileirão conquista-se jogo a jogo. O Inter empatou na estreia. Precisava vencer o segundo. Ganhou do Criciúma nesta quinta-feira, outra vez na Serra, com a facilidade com que os grandes encontram normalmente quando enfrentam os menores.
Empatar fora, no mínimo, e ganhar em casa, sempre, é a melhor receita para ficar entre os primeiros no Brasileirão. É número de Libertadores, se a média for mantida, dois jogos, quatro pontos. Brasileirão é maratona. Mas nem todos resistem até o final.
O Colorado não ofereceu a mínima chance, liquidou o adversário nos primeiros minutos. Fez 2 a 0 e depois deixou o jogo correr.
O volante Willians foi o nome da partida. Com 80 minutos, excelente preparo físico, o Inter ainda marcava os catarinenses no seu campo de defesa. Não dava espaço para os ataques dos visitantes, não sofria problemas defensivos. Se Forlán e Rafael Moura estivessem em noite inspirada, com fome de gols, a goleada nasceria naturalmente.
A vitória respeitou o tamanho das duas equipes. Nem DAlessandro precisou atuar bem. Rafael Moura passou outro jogo sem marcar. Ele é centroavante de carteirinha, erra passes, não sabe driblar ou tabelar. É homem de grande área, quando não faz gol, parece que não atuou bem - e não foi bem mesmo.
Do outro lado, os atacantes fracassaram também. Marcel foi quase um terceiro zagueiro do Inter.
O Inter não fez um grande jogo, nem precisou. A vitória apagou a jornada discreta, porém com decisão e dedicação.