O técnico Renato Portaluppi "reinventou" a forma de o Grêmio jogar na reta final do Brasileirão. Para afastar o risco de rebaixamento, o treinador decidiu priorizar o resultado e irá variar o time, o esquema e a postura da equipe sempre de acordo com o adversário. Para isso, o comandante tem pelo menos cinco esquemas de jogo treinados para utilizar nas mais variadas situações.
— Eu reinventei o Grêmio em algumas partidas, com esquemas diferentes. E eu tenho gostado. Então, dependendo do que a gente precisa, tenho treinado, até porque a gente teve a semana cheia e um pouquinho mais de tempo para treinar. Então, eu posso testar outros esquemas. Tenho reinventado alguns esquemas e vai ser assim — disse Renato, após o empate com o Fluminense, na última sexta (1).
Conforme apurado por Zero Hora, Renato vem trabalhando várias formações nos treinos fechados no CT Luiz Carvalho. Dependendo das circunstâncias, o treinador pode escalar o Tricolor no tradicional 4-2-3-1, no 4-1-4-1 mais defensivo, no 4-3-3 mais ofensivo, no 4-4-2 clássico ou até no 3-4-3, embora esta última seja uma hipótese mais remota.
Confira abaixo as ideias de jogo treinadas por Renato:
4-2-3-1 tradicional (Cristaldo no meio)
É o modelo mais utilizado por Renato ao longo da temporada, com um ponta mais agudo por um lado e um meia mais marcador pelo outro.
No contexto atual, Edenilson atuaria aberto pela direita, enquanto Aravena disputaria posição com Soteldo na ponta esquerda. Já no meio-campo, Cristaldo e Monsalve disputariam a vaga de armador.
Time-base: Marchesín: João Pedro, Jemerson, Rodrigo Ely e Reinaldo; Dodi e Villasanti; Edenilson, Cristaldo (Monsalve) e Aravena (Soteldo); Braithwaite.
4-1-4-1 defensivo (tripé de marcadores)
Foi a formação escolhida para o jogo contra o Fluminense e que deve ser repetida contra o Palmeiras. Para proteger a defesa, o treinador monta um tripé de marcadores no meio, com Dodi mais recuado e Villasanti e Edenilson à frente, com Soteldo e Aravena nas pontas. Deve ser um esquema recorrente em jogos contra adversários fortes fora de casa.
Time-base: Marchesín: João Pedro, Jemerson, Rodrigo Ely e Reinaldo; Dodi; Soteldo, Edenilson, Villasanti e Aravena; Braithwaite.
4-3-3 ofensivo (dois pontas agudos)
Foi a ideia aplicada na vitória por 3 a 1 sobre o Atlético-GO, no último dia 26, com Soteldo, Braithwaite e Aravena compondo o trio ofensivo e Monsalve na armação.
Neste modelo, Cristaldo disputaria vaga com o colombiano. Este esquema deve ser utilizado apenas em jogos em casa contra adversários mais fracos.
Time-base: Marchesín: João Pedro, Jemerson, Rodrigo Ely e Reinaldo; Dodi, Villasanti e Cristaldo (Monsalve); Soteldo, Braithwaite e Aravena.
4-4-2 tradicional (dois centroavantes)
Este esquema foi utilizado até com certa frequência por Renato, mas sempre no segundo tempo dos jogos.
Nestas ocasiões, o treinador saca um dos meio-campistas e coloca Diego Costa ao lado de Braithwaite, formando o time com duas linhas de quatro atrás dos atacantes.
Em alguns momentos, Arezo chegou a formar a dupla de ataque tanto com o dinamarquês quanto com o hispânico-brasileiro. Como a ideia está treinada, não pode ser descartado que Renato inicie algum jogo com esta formação.
Time-base: Marchesín: João Pedro, Jemerson, Rodrigo Ely e Reinaldo; Dodi, Villasanti, Edenilson (Cristaldo) e Soteldo (Aravena); Diego Costa e Braithwaite.
3-4-3 defensivo (com alas e pontas)
Este modelo não vem sendo utilizado nos últimos meses, mas já foi ideia constante de Renato nos piores momentos do time na temporada, entre julho e agosto.
Com três zagueiros, mas sem abrir mão de pontas, Renato procurava reforçar o sistema defensivo, mantendo a saída veloz pelos lados. Não há indícios de que o treinador voltará a recorrer a esta ideia, mas, se necessário, ela já está treinada.
Time-base: Marchesín; Rodrigo Ely, Jemerson e Kannemann; João Pedro, Dodi, Villasanti e Reinaldo; Soteldo, Braithwaite e Aravena.
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