A suspensão de Marchesín abre uma disputa pela titularidade do gol do Grêmio. Nesta sexta-feira (4), às 21h30min, Caíque ou Rafael Cabral será o dono da posição para a partida contra o Fortaleza. Uma mudança que foi rotina em parte do ano, mas que acabou desde a afirmação do argentino como titular. A questão será decidida no treino desta quinta-feira (3), no CT Luiz Carvalho, na última atividade para preparar a equipe que entrará em campo na Arena.
A posição foi dor de cabeça no Grêmio no ano passado. Depois de Brenno, Adriel e Gabriel Grando, Caíque terminou 2023 como titular. Destaque durante a campanha do Ypiranga no Gaúchão, o goleiro assinou contrato com o Tricolor por duas temporadas em dezembro. Mas apesar da aposta da direção no jogador de 27 anos, formado nas categorias de base do Vitória, a promessa era de que chegaria um goleiro afirmado para a disputa da Libertadores.
O início inconsistente de Marchesín abriu a brecha para que Caíque terminasse o Gauchão como o goleiro titular. Mas o argentino logo recuperou o espaço no time com boas atuações na Libertadores. A janela de transferências ainda acrescentou o nome de Rafael Cabral, 34 anos, no leque de alternativas. E apesar do experiente goleiro ter chegado em baixa do Cruzeiro, onde virou ídolo do torcedor pelo rendimento na campanha de volta do time mineiro à Série A, teve oportunidades com Renato Portaluppi no Brasileirão.
— O Cruzeiro praticamente propôs essa troca. O Chapecó é um grande goleiro, mas a torcida não estava aceitando ele. Rafael não chega como titular. É mais um para o grupo. Temos três goleiros e eles que briguem por posição. Não há cláusula para um ou outro ser titular. O titular é quem dá conta do recado dentro de campo — explicou Renato em abril, quando Rafael Cabral foi contratado.
Depois de o rodízio ter virado pauta, principalmente por manifestações de Marchesín que revelaram desconforto com o revezamento, o técnico decidiu fixar o argentino como titular. E os outros dois passaram a se revezar como opção no banco. Na lógica de rodízio decidida por Renato, Caíque foi o reserva contra o Botafogo, em Brasília, e Rafael Cabral era a alternativa na partida contra o Criciúma, na Arena.
— Entre o Rafael Cabral e o Caíque, prefiro o segundo. Ele me passa muito mais confiança. É um goleiro de maior envergadura — diz Queki, comunicadora identificada com o Grêmio do Grupo RBS.
Retrospecto
Das duas alternativas, Caíque é quem atuou mais recentemente. O goleiro esteve em campo na derrota por 2 a 0 para o Bahia, em 17 de agosto. A última partida de Rafael Cabral foi em 4 de agosto, na vitória por 2 a 0 sobre o Athletico-PR. O ex-jogador do Cruzeiro também teve uma oportunidade com os demais titulares. Cabral estava em campo na goleada sofrida para o Juventude por 3 a 0.
— O treinador vai ver qual é o momento de cada um. É uma decisão do técnico. Eles precisam estar preparados. Na cabeça deles é estar pronto para dar conta. Fazer um bom jogo para dar confiança ao time nesse restante. Sempre trabalhei assim. A oportunidade não avisa. Veio agora com a suspensão do Marchesín. Precisa estar preparado para fazer o melhor — opina Galatto, ex-goleiro do Grêmio.
Além de Caíque e Rafael Cabral, há outras opções à disposição da comissão técnica. O jovem Felipe Scheibig também treina com o grupo principal e costuma ser relacionado para as partidas na Arena — mas sempre como um terceiro goleiro para o caso de emergência, sem ficar como opção no banco de reservas.
O caso de Brenno, que retornou ao Grêmio depois de um empréstimo para o Bari, da Itália, chama a atenção. O goleiro trabalha normalmente com as demais colegas de posição, mas não está neste momento nos planos de Renato.
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