O primeiro gol do Juventude sobre o Grêmio expôs falha do goleiro Rafael Cabral, que não conseguiu chegar no chute distante e lento de Gilberto, e reascendeu a discussão sobre o polêmico "rodízio" de goleiros de Renato Portaluppi. Marchesín, titular nos cinco jogos anteriores, sequer ficou no banco de reservas no Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul.
Ao contrário do que se poderia acreditar, Renato Portaluppi afirmou, na entrevista coletiva deste domingo (7), após a derrota para o time da Serra, que a alternância de goleiros, admitida no passado, acabou. Segundo ele, Marchesín ficou de fora por preservação física. O argentino é o titular.
— Não tem mais rodizio de goleiros. O goleiro que vem jogando é o Marche (como Renato se refere ao goleiro). O Marche, dois dias antes do jogo contra o Palmeiras, sentiu lesão muscular. Ele foi fazer o exame. O Departamento Médico tinha me falado que era mais ou menos parecida com a antiga lesão dele (no músculo adutor da coxa esquerda), que ele ficou parado 10, 15 dias. O treinador tem que pensar em tudo. Então, eu simplesmente segurei ele para não agravar essa lesão — explicou.
Contudo, nem tudo é tão harmônico quanto o discurso do treinador. Depois do empate com o Palmeiras na rodada anterior, Marchesín reclamou das trocas na posição. Poucos minutos antes, Renato Portaluppi havia falado na entrevista coletiva que o goleiro havia sido comunicado com antecedência de que não jogaria contra o Juventude.
— É difícil para mim jogar sabendo que não jogarei o próximo, mas é uma decisão do treinador e tem que respeitar — comentou Marchesín na saída do estádio Centenário.
Segundo apurou o colunista Marco Aurélio Souza, Marchesín teria comunicado Renato Portaluppi que não gosta de ficar no banco quando não é titular. Neste domingo, questionado sobre a diferença de entendimentos entre o goleiro e ele, Renato interrompeu a fala da reportagem para dar a sua versão.
— Essa novela do Marche acabou. Eu já resolvi esse problema internamente. Ele sabia que não iria jogar. Acabou essa novela Marche — frisou o treinador, sem tocar no assunto novamente.
Renato Portaluppi ainda não indicou qual será o goleiro da partida contra o Cruzeiro na próxima quarta-feira (10), às 18h30min, no estádio Centenário. Caso Marchesín seja preservado em mais uma partida, Rafael Cabral poderia ganhar outra oportunidade entre os titulares.
Já se sabe, contudo, que Cabral não atuará diante do Operário-PR no domingo (14) porque já atuou pela Copa do Brasil com a camisa do Cruzeiro. Caíque, que já fez 11 jogos pelo Grêmio neste ano, também é opção para o treinador.