Marchesín não gosta de ficar no banco e já avisou Renato. O argentino não concorda com o rodízio de goleiros e foi claro com o treinador: quando não for escalado como titular, prefere não ser relacionado para o jogo. Ele não foi relacionado para o confronto contra o Juventude neste domingo (7).
E não foi a primeira vez que isso aconteceu. Quando o Grêmio foi ao Rio para enfrentar o Flamengo, a versão oficial dava conta que o goleiro tinha um incômodo muscular, mas o próprio deixou claro que não tinha lesão alguma e poderia jogar. É uma opção de Renato o rodízio e o argentino pediu para não ficar no banco.
Marchesín é estrangeiro e não tinha obrigação de saber qual a relação que o clube mantém com seu treinador, que também é seu maior nome da história. A questão é que hoje, sete meses depois de chegar a Porto Alegre, ele já sabe quem é Renato Portaluppi e segue com opiniões e atitudes fortes no vestiário e nos microfones.
"Marchesín não é uma pessoa fácil", é o que dizem pessoas que vivem o dia a dia do Grêmio. A discussão com Reinaldo, no meio do gramado do Centenário, em Caxias, no empate com o Palmeiras, deixou claro que personalidade ele tem de sobra. Ele só esquece que por aqui poucos conhecem a sua história e seu crédito é pequeno.
Marchesín é uma voz que não engrossa o coro do "Painato" e isso é uma novidade no CT Luiz Carvalho. Algo quase inexistente na gestão do treinador em todas as passagens pelo Tricolor. Mas essa batalha não deve chegar ao segundo round. Rafael Cabral é o goleiro de Renato e agora, apto a jogar a próxima fase da Libertadores, será o titular contra o Fluminense, o jogo mais importante da temporada.
Em breve Marchesín será apenas mais um da pequena lista dos desertores do exército Portaluppiano. Um número que não enche uma das mãos. Ninguém vira estátua por acaso.