Renato avisou: "O Grêmio agora será escalado de acordo com o adversário". Aí ele escolheu, para o jogo contra o Palmeiras, os mesmos jogadores que começaram a partida contra o Fluminense. Você já entendeu, né? Qual a semelhança entre os times de Mano Menezes e Abel Ferreira? Na Arena do Palmeiras, só 1x0 foi uma farsa. O Palmeiras teve 35 finalizações e Marchesín fez 14 defesas. No palco que mais recebe shows na América do Sul, foi luta de Popó contra Bambam.
Soteldo foi Soteldo quando é escalado na meia. Mais uma invenção que não deu certo do técnico. Cristaldo e Monsalve no banco e Soteldo improvisado. O venezuelano que tinha virado reserva na ponta, virou titular na meia? É claro que não deu certo. De novo. Mas das obviedades no vexame gremista, nada supera Edenilson. Renato acha que ele é capaz de marcar pelo lado direito e liderar uma transição, um início de contra-ataque, mas o mundo sabe que isso é ficção científica.
Renato não está bem. Ele acredita em soluções que até quem não está no CT todos os dias, sabe que não vão funcionar. Renato vive num outro mundo. O lançamento de sua candidatura para ficar em 2025, lançada esta semana numa entrevista exclusiva para GZH, não decolou. E desse jeito, nem vai. Treinadores também perdem o protagonismo por deficiência técnica e Renato está, exatamente, nesse momento. Seu passado glorioso em campo e no comando são indiscutíveis e eternos, mas seu presente é sofrível.
Assim, o jogo mais importante do ano será contra o Juventude, na Arena, depois da data Fifa. Para isso, o clube vai fazer promoção de ingressos e pensa num voo fretado para as voltas de Aravena e Soteldo que vão defender suas seleções.
Por enquanto, a única boa notícia é que dois times estão, virtualmente, rebaixados. Se não fosse a dupla Cuiabá e Atlético-GO, a vida do tricolor seria um inferno. Na noite em que Renato completou 800 jogos pelo clube, somando as carreiras de jogador e técnico, seu time chegou ao assombroso número de 16 derrotas no Brasileirão. E aqui vale uma informação daquelas que causam frio na barriga até dos gremistas mais tranquilos: no ano passado, o Santos foi rebaixado com 17 derrotas.