A esperança de um futuro melhor para o futebol brasileiro tem nome conhecido e apelido reverenciado no mundo inteiro: Ronaldo Fenômeno.
A fala no tapete vermelho do leilão beneficente que ele mesmo organizou há três semanas, em São Paulo, não foi em vão. Na chegada, disse que um dia pretende ser o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), mas não estipulou prazos.
A novidade boa é que o camisa 9 do penta estava fazendo, com as palavras, o que era uma de suas especialidades em campo. A entrevista era drible nos adversários. Depois que vendeu a SAF do Cruzeiro, Ronaldo criou um grupo em São Paulo para viabilizar sua candidatura e fazer o que nenhum ex-jogador conseguiu até hoje: conquistar votos das federações estaduais.
A regra para as eleições da CBF estabelece pesos diferentes para os votos das 27 federações e 40 clubes. As federações tem peso 3, enquanto os clubes da série A tem peso 2 e os da série B tem peso 1. E aqui vale sempre lembrar que os presidentes de federações recebem um salário da CBF.
Não por acaso, a reunião extraordinária que aprovou a proposta para o atual presidente, Ednaldo Rodrigues, concorrer a um terceiro mandato foi aprovada por unanimidade. Mas isso não quer dizer que Ednaldo está confortável na luxuosa sala na sede igualmente luxuosa, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Ele está no poder por meio de uma liminar concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Sem presidente, o Brasil corria o risco de não inscrever suas seleções para competições da Fifa e para os jogos olímpicos de Paris.
Mas o plenário do STF ainda precisa julgar se Ednaldo Rodrigues deve permanecer no cargo. Se a decisão for contrária à permanência, novas eleições serão convocadas e aí Ronaldo entra em cena, imediatamente. Se a decisão for favorável ao atual presidente, Ronaldo vai participar das eleições em 2026.
E a grande notícia que é festejada pelos mais próximos ao Fenômeno é que ele já teria conquistado o voto de seis federações. Assim, com o apoio dos 20 clubes das séries A e B, mais os votos de seis federações, a vitória estaria garantida.
O que ainda não se sabe — e o grupo de Ronaldo mantém o segredo muito bem guardado — são quais federações estão fechadas com ele. Seis corajosos presidentes que podem mudar a história do futebol brasileiro para sempre.