O gramado da Arena do Grêmio começou a ser trocado na tarde desta terça-feira (11). O campo permaneceu submerso por mais de 20 dias por conta da enchente que atingiu Porto Alegre em maio e estava com um aspecto devastado desde que a água baixou. A última partida disputada no local ocorreu em 20 de abril, quando o Tricolor bateu o Cuiabá por 1 a 0.
A assessoria da Arena Porto-Alegrense, responsável pela gestão do estádio, afirmou que divulgará mais detalhes sobre a recuperação do campo ainda nesta quarta-feira (12). Pelas redes sociais, eles destacaram que "em algumas semanas" o Grêmio terá "um gramado em excelentes condições para jogo".
Em texto encaminhado à imprensa em 31 de maio, a gestão havia destacado que aguardava "uma resposta concreta da empresa (responsável), sobre os prazos de recuperação" do gramado. Até o momento, não há divulgação de datas. O material acrescentava que estava sendo realizado "um hidrojateamento em todo o sistema de canalização da Arena, uma medida essencial para a limpeza profunda, também, das infraestruturas subterrâneas".
As dependências internas do estádio também seguem em recuperação. Imagens divulgadas no perfil oficial da Arena, no Instagram, mostram a remoção da mobília dos vestiários, estragada pela água. Outra publicação afirma que "toneladas de entulhos foram retiradas". Nos últimos dias, ainda era possível ver as marcas da lama nas arquibancadas de concreto e nas placas de publicidade ao redor do campo.
Não há confirmação sobre a situação do abastecimento de energia elétrica no complexo. Contudo, nas fotografias disponibilizadas, é possível ver lâmpadas acesas no interior do estádio. O presidente da Arena do Grêmio, Mauro Araújo, afirmou, no final de maio, que houve a instalação de torres de iluminação e geradores para evitar a interrupção do trabalho de recuperação.
Seguro
Em 7 de julho, o colunista de GZH Jocimar Farina noticiou que a Arena Porto-Alegrense acionou o seguro do estádio. Conforme a coluna, os seguros contratados preveem liberação de R$ 74 milhões. Para a realização de obras, são previstos R$ 50 milhões. Outros R$ 24 milhões são destinados a cobrir prejuízos causados pela interrupção das atividades.
Os gastos assumidos até agora para a recuperação do complexo foram arcados pelo Grupo Metha, holding à qual pertence a Arena Porto-Alegrense.
CT do Grêmio
Comparado à situação da Arena, o Centro de Treinamento (CT) Luiz Carvalho, na Vila Farrapos, às margens da freeway, é uma dor de cabeça bem menor para o Tricolor. A estrutura foi reativada parcialmente em 30 de maio para receber atletas lesionados em tratamento médico e de fisioterapia. A retomada parcial do CT foi possível porque a estrutura de academia ficava elevada em relação ao solo, o que impediu a invasão da água. O gramado, porém, ficou comprometido.
O Grêmio informou que o azevém (gramínea de inverno) foi plantado nos dois campos do CT em 3 de junho e, desde então, os funcionários fazem cortes programados de manutenção. Tão logo o gramado estiver em condições, a comissão técnica receberá o sinal verde para voltar a trabalhar com o grupo completo no local. Ainda assim, não há prazo para esse retorno.
Para efeitos de comparação, o Beira-Rio começou a replantar a grama de inverno em 29 de maio e o Inter já projeta ter condições de jogar no local em julho, pouco mais de um mês depois. Não está descartado que o estádio colorado receba treinamentos da equipe ainda em junho.