O Grêmio conheceu na noite da última segunda-feira (18) o caminho desenhado para o início da busca do tetra. Em evento na sede da Conemnol, no Paraguai, o clube conheceu quem serão seus adversários após o sorteio da fase de grupos da Libertadores. Cabeça de chave, o Tricolor está no Grupo C, junto de Estudiantes de La Plata-ARG, The Strongest-BOL e Huachipato-CHI. O começo da competição deve ser na Bolívia, na altitude de 3,640 metros de La Paz. Os chilenos vêm até a Arena pela segunda rodada e o fim do turno será na Argentina.
Representado no evento pelo presidente Alberto Guerra, pelo vice de futebol Antônio Brum e pelo executivo de futebol Luís Vagner Vivian, o Grêmio terá um calendário intenso no início de abril. Caso confirme lugar na decisão do Gauchão, o Tricolor terá que organizar sua programação para fazer a estreia na Libertadores na Bolívia, entre os dias 2 e 4 do próximo mês.
— Libertadores não tem jogo fácil. Vamos organizar bem a nossa logística porque esse primeiro jogo lá na altitude não é uma coisa simples. Bem pelo contrário. Mas isso é uma situação para pensarmos ali na frente — analisou Renato Portaluppi, em contato com ZH.
Em entrevista na zona mista do evento, o presidente Alberto Guerra analisou o grupo que o Grêmio terá de enfrentar. O dirigente citou o histórico recente de conquistas do adversários e lembrou do confronto contra o Estudiantes.
— Não tem jogo fácil. Quem quer ganhar a Libertadores não escolhe adversário. É um grupo bastante competitivo. Pegamos o campeão chileno, o campeão boliviano e o Estudiantes. Espero que possamos fazer boas partidas para classificarmos — disse.
Guerra citou que o Grêmio costuma ter seus melhores desempenhos quando entra nas competições sob desconfiança externa.
— Queremos ser campeões da Libertadores. É nossa obsessão. Sermos o primeiro tetracampeão brasileiro dessa competição. O Grêmio é um clube de massa, grande. A Libertadores tem a cara do Grêmio. É um campeonato longo. É importante enfrentarmos cada fase com força — afirmou.
Um dos pontos para a confiança da direção é o trabalho de Renato Portaluppi. Campeão como jogador em 1983, e como técnico do Grêmio em 2017, o treinador é a arma do clube para a competição
— Renato é o técnico com mais vitórias na Libertadores. Viveu a experiência de 1983 como jogador. É o único brasileiro campeão como atleta e como técnico. Esperamos fazer uso da experiência e da qualidade dele — projetou
Uma das novidades anunciada no evento foi o aumento da premiação por vitória na fase de grupos. A Conmebol agora pagará US$ 330 mil, aproximadamente R$ 1,6 milhão por cada triunfo. Pela participação neste trecho da competição, cada um dos clubes receberá US$ 1 milhão, cerca de R$ 5 milhões.
A premiação para o vencedor da Libertadores garante US$ 23 milhões, pela cotação atual cerca de R$ 115 milhões, um aumento de US$ 5 milhões em relação ao valor pago em 2023.